Lucro do Grupo Fleury (FLRY3) cresce 9,5% e atinge R$ 190,7 mi no 3º tri de 2024

Em um cenário desafiador, a empresa de medicina diagnóstica destacou-se pelo incremento em suas operações B2B.

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Publicado em 07/11/2024 às 18:57h - Atualizado Agora Publicado em 07/11/2024 às 18:57h Atualizado Agora por Matheus Rodrigues
O Ebitda do Fleury somou R$ 537,4 milhões no trimestre (Imagem: Shutterstock)

📊 O Grupo Fleury (FLRY3) apresentou um desempenho sólido no terceiro trimestre de 2024, revelando um aumento de 9,5% no lucro líquido, que chegou a R$ 190,7 milhões, superando o mesmo período de 2023.

Em um cenário desafiador, a empresa de medicina diagnóstica destacou-se pelo incremento em suas operações B2B e pela gestão eficiente de suas dívidas, demonstrando capacidade de adaptação ao contexto econômico atual.

O Ebitda do Fleury somou R$ 537,4 milhões no trimestre, registrando uma elevação de 6,2% em relação ao ano anterior. Esse resultado elevou a margem para 27,4%, um crescimento de 32 pontos-base.

A receita líquida também foi promissora, totalizando R$ 1,962 bilhão, com um aumento de 5% impulsionado pela expansão de suas frentes de negócios.

Expansão do segmento B2B

Um dos grandes destaques do período foi o segmento B2B do Grupo Fleury, que apresentou um crescimento expressivo.

Essa área, voltada ao suporte laboratorial para empresas (conhecido como "lab-to-lab" ou L2L), consolidou-se ainda mais após a fusão com o Hermes Pardini.

No terceiro trimestre, a receita bruta do B2B registrou um aumento de 8,4%, somando R$ 501,3 milhões.

Esse avanço superou o desempenho do B2C, que embora ainda seja o principal braço de atendimento direto ao consumidor, cresceu a um ritmo mais moderado de 5%, totalizando R$ 1,433 bilhão.

A expansão do B2B reflete uma estratégia de diversificação das fontes de receita e de fortalecimento de parcerias com hospitais, laboratórios e outros players do setor.

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Alterações no mix e aumento de volumes

Uma mudança no mix de exames foi observada no período. Segundo a CEO, a empresa realizou uma maior quantidade de exames de análises clínicas, em vez de exames de imagem, na vertical B2C.

Esse ajuste no mix reflete uma busca por exames de menor complexidade, que, embora tenham tíquetes menores, proporcionam margens mais favoráveis.

Essa estratégia é evidente também no segmento B2B, que expandiu com exames de baixo custo, favorecendo o aumento de volumes.

Enquanto o tíquete médio sofreu uma leve queda, com uma redução de 1,3% no B2C e 5,3% no B2B, os volumes subiram expressivamente: 6,3% no B2C e 14,4% no B2B.

Redução de dívida e alavancagem controlada

📈 Outro ponto de destaque no trimestre foi a redução da dívida líquida do Fleury, que caiu 7% e fechou em R$ 1,872 bilhão.

Esse ajuste permitiu que a relação entre dívida líquida e Ebitda da empresa permanecesse em um patamar confortável de 1 vez, alinhado com uma estratégia de alavancagem conservadora para enfrentar o ambiente de juros elevados.

A companhia ainda conseguiu alongar e reduzir o custo da dívida, demonstrando uma gestão financeira eficiente.