A Vale (VALE3) publicou seu balanço do último trimestre do ano passado na noite desta quarta-feira (19). A mineradora reverteu o lucro bilionário de um ano antes em um prejuízo de US$ 694 milhões, de acordo com o documento.
📈 Segundo o conselho da Vale, o resultado está relacionado às operações de níquel da Thompson. A companhia ainda destacou que houve um gasto de US$ 540 milhões na extensão da Mina de Voisey’s Bay.
O lucro da Vale foi bem diferente do esperado pelos analistas que falavam em algo próximo de US$ 2 bilhões, conforme o consenso Lseg.
No trimestre, a companhia levantou US$ 10,1 bilhões em vendas, com uma queda de 22% na comparação anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) terminou o trimestre em US$ 3,7 bilhões, também com recuo de 41%.
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Mesmo com os resultados apresentando baixas, Gustavo Pimenta, CEO da Vale, destacou que a empresa está satisfeita com o desempenho operacional e financeiro apresentado. Em comunicado enviado ao mercado, ele destacou que houve maior produção de minério de ferro e de cobre.
“Em termos de segurança e gestão de barragens, fizemos progressos significativos ao eliminar mais quatro barragens em 2024 e completar 57% do nosso programa de descaracterização de barragens. Este ano, esperamos remover a última barragem em nível 3 de emergência”, afirmou.
💸 A Vale aproveitou o momento para fazer outros dois anúncios importantes. A companhia anuncia o pagamento de dividendos bilionários e a abertura de um programa de recompra de ações.
Os investidores vão receber o valor bruto de R$ 2,14 por ação como dividendos e de R$ 0,52 como Juros sobre Capital Próprio. Os valores devem ser depositados no próximo dia 14 de março, segundo o aviso.
Farão jus aos proventos aqueles investidores com ações na carteira no fim de 7 de março. A partir do dia 10, os papéis serão negociados como “data ex”.
Já o programa de recompra deve englobar 120 milhões de ações ordinárias em até 18 meses. Esse montante equivale a 3% dos papéis que circulam no mercado.
“A aprovação do novo programa de recompra de ações demonstra a contínua confiança dos administradores nas perspectivas de negócio da Vale, a disciplina da administração na alocação de capital e o compromisso com a criação e o compartilhamento de valor com os acionistas da Companhia”, afirma comunicado.
O caso estava em curso desde a crise gerada pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, em Mariana (MG).
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