JPMorgan elege “ação favorita” para setor de energia; conheça a empresa

O banco destaca a ação da Energisa (ENGI11) como sua preferida no setor, apontando-a como a mais atraente.

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Publicado em 10/06/2024 às 15:57h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 10/06/2024 às 15:57h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues
Com um preço-alvo estabelecido em R$ 61,00, a Energisa é vista como uma das mais atraentes dentro da cobertura do banco.

💲 O banco JPMorgan ajustou suas projeções para a taxa Selic, prevendo uma taxa terminal de 10,5% para o final de 2025, um aumento em relação à previsão anterior de 9,5%.

Este ajuste reflete a resposta a fatores tanto externos quanto locais que têm influenciado as políticas monetárias e econômicas.

Diante dessas mudanças, o banco também reavaliou o setor de energia elétrica, considerando as novas circunstâncias econômicas e suas implicações para as empresas do setor.

O setor de energia elétrica é particularmente sensível às mudanças na taxa de juros, uma vez que estas empresas frequentemente dependem de financiamento para seus grandes projetos de infraestrutura.

Com o aumento da Selic, o custo do capital tende a subir, o que pode afetar a viabilidade financeira de novos projetos e a capacidade de geração de valor das empresas.

Por outro lado, muitas destas empresas operam em regimes de monopólio natural ou quase-monopólio, o que lhes confere uma certa previsibilidade de fluxos de caixa.

A preferência do banco norte-americano pela ação da Energisa (ENGI11) com uma recomendação de overweight reflete uma análise positiva sobre o potencial de valorização da empresa em comparação ao mercado.

Com um preço-alvo estabelecido em R$ 61,00, a Energisa é vista como uma das mais atraentes dentro da cobertura do banco, devido à sua Taxa Interna de Retorno (TIR) de 12,8%.

A TIR é superior às médias do setor, que são de 12,1% para distribuidoras e 11,8% para o setor como um todo.

Esta recomendação sugere que a Energisa, uma companhia predominantemente envolvida em distribuição de energia, possui fundamentos robustos e uma gestão eficiente capaz de gerar retornos atrativos.

O destaque para a TIR elevada indica um potencial de retorno ajustado ao risco acima da média do setor, o que justifica o otimismo do banco.

📊 Confira a análise realizada pelo JPMorgan:

Energisa (ENGI11)

  • Recomendação: Overweight (Compra)
  • Preço-alvo: R$ 61,00

Justificativa: A Energisa se destaca por sua operação eficiente e forte presença regional. Com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) superior às demais, a empresa mostra potencial de valorização significativo, apesar do cenário de juros altos.

Copel (CPLE6)

  • Recomendação: Overweight (Compra)
  • Preço-alvo: R$ 12,00

Justificativa: A Copel tem potencial para aumentar sua política de pagamento de dividendos, o que pode atrair mais investidores. A gestão está focada na venda de ativos não essenciais e na melhoria da eficiência operacional.

AES Brasil (AESB3)

  • Recomendação: Underweight (Venda)
  • Preço-alvo: R$ 11,60

Justificativa: A AES Brasil está bem avaliada pelo mercado, mas a alta alavancagem e o ambiente de juros altos limitam seu potencial de crescimento e valorização.

Alupar (ALUP11)

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo: R$ 30,00

Justificativa: Alupar é reconhecida pela sua execução e disciplina de capital. No entanto, o retorno via dividendos é comparativamente baixo, o que balanceia seu perfil de risco-retorno.

Auren Energia (AURE3)

  • Recomendação: Overweight (Compra)
  • Preço-alvo: R$ 15,50

Justificativa: Auren Energia oferece uma combinação de baixo risco e alta previsibilidade de fluxos de caixa, tornando-a uma escolha atraente para investidores que buscam estabilidade e crescimento sustentável.

Cemig (CMIG4)

  • Recomendação: Overweight (Compra)
  • Preço-alvo: R$ 12,00

Justificativa: A Cemig está focada em melhorar sua eficiência operacional e simplificar sua estrutura corporativa, o que pode desbloquear valor significativo para os acionistas.

📈 O setor elétrico continua a ser um setor fundamental para o desenvolvimento sustentável e a transição energética, apesar dos desafios impostos pelo ambiente econômico atual.

Com taxas de juros mais altas previstas para os próximos anos, as empresas do setor terão que navegar com cautela, balanceando investimentos, financiamentos e políticas de dividendos.