Com visita de Lula, JBS (JBSS3) anuncia investimento de R$ 150 mi em fábrica
Os recursos permitirão a abertura de um novo turno de trabalho, dobrando a capacidade de abate da planta.
A JBS (JBSS3) publicou nesta segunda-feira (16) o seu guidance para 2024, para atender a uma determinação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
📈 Com isso, a companhia mostrou que projeta uma alta de até 12,5% da receita neste ano e pode dobrar o seu Ebitda na comparação com 2023.
As projeções da JBS apontam para uma receita líquida de R$ 409,4 bilhões e um Ebitda ajustado entre R$ 33,4 bilhões e R$ 36,2 bilhões em 2024.
Em 2023, a companhia registrou uma receita de R$ 363,8 bilhões e um Ebitda ajustado de R$ 17,1 bilhões. A receita caiu 2,9% em relação a 2022. Já o Ebitda despencou 50,4%, devido ao aumento da oferta global de proteína e dos preços de grãos.
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A JBS, contudo, espera reverter essas perdas neste ano de 2024 e considera até a possibilidade de superar os resultados de 2022, quando teve uma receita de R$ 374,8 bilhões e um Ebitda ajustado de R$ 34,5 bilhões.
⚠️ Ao divulgar o guidance de 2024, no entanto, a JBS ressaltou que essas projeções "estão sujeitas a riscos e incertezas, não constituindo promessa de desempenho futuro".
De acordo com a companhia, as estimativas se baseiam em "crenças e premissas fundamentadas da Administração da JBS, bem como em informações atualmente disponíveis". A JBS lembrou, contudo, que é uma empresa de atuação global, sujeita a diferentes condições de mercado, e que "o setor de alimentos é altamente cíclico, volátil e fortemente influenciado por diversos fatores políticos, econômicos, climáticos e ambientais".
"Todos esses fatores são alheios ao controle da JBS. Estes aspectos e a própria atividade operacional da JBS podem afetar seu desempenho futuro e conduzir a resultados que diferem materialmente das informações acima indicada", ressaltou.
A JBS indicou ainda que só publicou o guidance para 2024 para atender a uma determinação da CVM.
A CVM pediu que a JBS passasse a divulgar suas projeções para a receita líquida e o Ebitda ajustado depois que esses números foram incluídos em uma apresentação divulgada ao mercado em 26 de fevereiro deste ano.
A JBS alegou que aquelas eram informações públicas, que mostravam o "'consenso de mercado', por refletir a visão consolidada dos analistas que fazem a cobertura das ações da companhia".
Contudo, o argumento não convenceu a CVM. Por isso, a JBS teve de atualizar tais projeções e divulgá-las ao mercado.
A JBS, no entanto, disse nesta segunda-feira (16) que não apresentaria o guidance para 2025, que também havia sido solicitado pela CVM.
A companhia alegou que ainda não dispõe "de elementos técnicos suficientes para realizar tais estimativas", "tendo em vista que o cálculo das estimativas leva em conta uma série de fatores e sequer existe, até o momento, um orçamento aprovado para aquele exercício".
Os recursos permitirão a abertura de um novo turno de trabalho, dobrando a capacidade de abate da planta.
A empresa americana reforçou que o investimento não altera a composição ou controle da JBS.