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➡️ O Itaú Unibanco (ITUB4) entrou com uma ação judicial contra seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel, e o professor de contabilidade Eliseu Martins, solicitando a devolução de R$ 3,35 milhões.
O banco alega que o ex-executivo teria recebido indevidamente valores relacionados a serviços de consultoria prestados por Martins entre 2019 e 2024.
De acordo com o Itaú, Broedel aprovou pessoalmente os pagamentos ao consultor sem revelar um detalhe fundamental: ambos eram sócios desde 2012 em uma empresa de consultoria.
O banco alega que parte dos pagamentos efetuados a Martins foi posteriormente direcionada a outras empresas geridas pelos filhos do professor, que, por sua vez, repassaram valores à Broedel Consultores, companhia da qual os dois sócios fazem parte.
O conglomerado financeiro defende que essa estrutura não foi fruto de coincidência, mas sim de um esquema deliberado, que passou a ser investigado após auditorias internas realizadas posteriormente à saída de Broedel, ocorrida em meados de 2023.
As inconsistências financeiras vieram à tona durante um processo de revisão nos controles internos do banco, que teria sido iniciado após a saída de Broedel.
A ação judicial menciona ainda que Martins teria concedido diversos empréstimos ao ex-diretor ao longo do período, o que reforçaria a suspeita de conflito de interesses e a violção de normas internas do banco.
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Outra informação relevante levantada pelo Itaú é que a situação financeira do ex-diretor não era compatível com o cargo que ele ocupava.
A instituição bancária menciona dívidas pendentes de Broedel com outras entidades financeiras, incluindo o Bradesco (BBDC4) e o Safra, além de um processo fiscal movido pela Prefeitura de São Paulo contra a empresa Broedel Consultores.
Atualmente, Broedel aguarda para assumir um cargo na diretoria do Grupo Santander, na Espanha. No entanto, sua nomeação está suspensa devido ao período de transição.
A descoberta dos supostos pagamentos irregulares levou o Itaú a interromper o "garden leave", período de não-concorrência do ex-diretor, antecipando sua saída definitiva do banco.
O caso segue na Justiça, e a defesa dos acusados ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.
O Itaú reforça que busca a reposição dos valores supostamente pagos de forma indevida, mantendo seu compromisso com a governança corporativa e a transparência em suas operações.
📊 O ex-diretor Financeiro do Itaú Unibanco, Alexsandro Broedel, reafirmou que considera infundadas as acusações feitas contra ele pelo banco e que pretende recorrer à Justiça.
“Causa profunda estranheza que o Itaú levante a suspeita sobre supostas condutas impróprias somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes”, disse Broedel, através de nota enviada por sua assessoria.
O executivo não se manifestou sobre outros pontos mencionados na ação movida pelos advogados do Itaú.
“Alexsandro Broedel sempre se conduziu de forma ética e transparente em todas as atividades ao longo dos seus 12 anos no banco – algo nunca contestado pelo Itaú, que tem uma rigorosa e abrangente estrutura de controle e compliance, própria de um grupo financeiro com seu porte e importância na economia brasileira.”
Broedel deixou o Itaú no meio do ano passado para ingressar no Grupo Santander, na Espanha.
Embora ainda não tenha assumido oficialmente a nova função devido a trâmites de transição, o Itaú decidiu encerrar o chamado “garden leave” (período de não competição) após apontar supostas irregularidades.
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