Itaú (ITUB4) prevê taxa Selic em 15,75% e sinaliza novo aperto monetário

A decisão, embasada na desancoragem das expectativas de inflação e na depreciação do real, sinaliza um cenário de juros altos por mais tempo.

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Publicado em 20/01/2025 às 15:19h - Atualizado 10 minutos atrás Publicado em 20/01/2025 às 15:19h Atualizado 10 minutos atrás por Matheus Rodrigues
A nova projeção do Itaú representa um aumento em relação à estimativa anterior de 15% (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Itaú Unibanco (ITUB4) elevou sua projeção para a taxa Selic em 2025, prevendo agora um patamar de 15,75%.

A decisão do banco, embasada na desancoragem das expectativas de inflação e na recente depreciação do real, sinaliza um cenário de juros altos por mais tempo e um aperto monetário ainda mais intenso por parte do Banco Central.

A nova projeção do Itaú representa um aumento em relação à estimativa anterior de 15% e coloca a taxa básica de juros em um dos patamares mais elevados dos últimos anos.

A expectativa é de que a Selic permaneça elevada até 2026, impactando diretamente o custo do crédito e a atividade econômica.

A decisão do Itaú reflete a crescente preocupação com a inflação, que tem mostrado sinais de aceleração nos últimos meses.

As expectativas de mercado para o IPCA em 2025 e 2026 pioraram significativamente, pressionando o Banco Central a adotar uma postura mais restritiva.

Além da inflação, a depreciação do real também tem contribuído para o aumento da pressão sobre os preços e para a deterioração das expectativas de inflação.

A moeda norte-americana atingiu máximas históricas em dezembro, o que elevou os custos de produção e reduziu o poder de compra dos consumidores.

O que esperar para os próximos meses?

O Itaú prevê mais duas altas de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, além dos aumentos já sinalizados pelo Banco Central.

Essa trajetória mais dura para os juros deve pesar sobre a atividade econômica, com projeções de crescimento mais moderadas para 2026.

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A elevação da taxa Selic tem como objetivo conter a inflação, mas pode ter efeitos colaterais negativos para a economia.

Juros mais altos encarecem o crédito, desestimulam os investimentos e podem levar à perda de empregos.

Para o consumidor, o cenário de juros elevados significa parcelas mais altas para financiamentos de veículos, imóveis e outros bens de consumo.

Além disso, a inflação mais alta erode o poder de compra da população, impactando o orçamento das famílias.

O futuro é incerto

💲 A incerteza sobre o futuro da economia brasileira permanece elevada. A política fiscal, a evolução da pandemia e as tensões geopolíticas são apenas alguns dos fatores que podem influenciar a trajetória da inflação e dos juros nos próximos meses.

A nova projeção do Itaú para a Selic reforça a necessidade de os agentes econômicos se prepararem para um cenário de juros altos por mais tempo.

A inflação elevada e a incerteza sobre o futuro da economia exigem cautela por parte dos consumidores e das empresas.