Itaú (ITUB4) é a marca mais valiosa do Brasil, diz levantamento
O Banco ultrapassou o valor de mercado da Nubank e da Petrobras.
📈 A equipe de pesquisa macroeconômica do Itaú (ITUB4), liderada pelo ex-diretor do Banco Central, Mario Mesquita, atualizou suas projeções econômicas para o Brasil, com um foco específico na política monetária e suas implicações macroeconômicas.
No mais recente relatório enviado a clientes, a equipe elevou sua previsão para a taxa Selic de 10,25% para 10,50% ao final de 2024 e 2025.
As projeções indicam um cenário onde cortes adicionais de juros são vistos como improváveis devido a um ambiente de inflação crescente e incertezas tanto no âmbito doméstico quanto externo.
Este ajuste nas expectativas vem em um momento crítico, onde a mediana das projeções capturadas pela Pesquisa Focus do Banco Central ainda antecipa um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom, apesar das recentes pressões inflacionárias e das divisões dentro do próprio Comitê, que adicionaram volatilidade ao mercado financeiro.
A equipe do Itaú, no entanto, sugere que a piora nas projeções de inflação pode levar a uma postura mais conservadora por parte do Banco Central.
A previsão para o IPCA de 2024 foi mantida em 3,8%, com a equipe alertando para um balanço de riscos inclinado para o alto, especialmente nos setores de alimentação, afetados por choques de preços in natura e as recentes enchentes no Sul do país, e de serviços, impulsionado por um mercado de trabalho apertado.
Para 2025, a projeção é de uma inflação de 3,7%, também com riscos altistas.
No que diz respeito ao crescimento econômico, as projeções foram mantidas em 2,3% para 2024 e 1,8% para 2025.
📊 Os efeitos das enchentes no Sul geram incertezas adicionais para o segundo trimestre, embora a equipe opte por aguardar mais dados antes de fazer ajustes significativos nas estimativas.
As projeções para a taxa de câmbio foram mantidas em R$ 5,15 por dólar para 2024 e R$ 5,25 para 2025, refletindo um cenário externo desafiador e um aumento no prêmio de risco doméstico que complicam um cenário mais otimista para o real.
Em termos fiscais, o Itaú manteve suas estimativas de déficit primário em 0,6% do PIB para 2024 e 0,9% do PIB para 2025.
A equipe avalia que a arrecadação robusta deve compensar os gastos adicionais com medidas de auxílio ao Rio Grande do Sul, mas ressalta que o risco fiscal permanece elevado, dada a dificuldade em alcançar uma trajetória de convergência dos resultados primários, o rápido crescimento das despesas obrigatórias e os limites para expansão das receitas.