Os investidores institucionais seguem aproveitando o momentum da
renda fixa do governo brasileiro para se travar com taxas ainda elevadas, já que no leilão de dívida pública realizado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (21), grandes bancos e gestoras emprestaram R$ 16,36 bilhões, arrematando toda a oferta.
No detalhe, os títulos pós-fixados e com liquidez diária, o
Tesouro Selic, atraíram mais dinheiro dos grandes players do mercado financeiro: R$ 2,63 bilhões no papel que vence em 2028 e R$ 13,12 bilhões no papel que vence em 2031. Atualmente, a
taxa Selic remunera ao redor de 15% ao ano.
As instituições financeiras também colocaram no bolso títulos públicos indexados à inflação, com taxas que inclusive superam o rendimento de
IPCA+ 8% ao ano. Só no Tesouro IPCA+ 2030, cuja remuneração travada é de
IPCA+ 8,04% ao ano, foram investidos R$ 213,3 milhões.
Tais investidores institucionais não abriram mão de posições no longo prazo, ao emprestarem aos cofres públicos R$ 209,3 milhões no Tesouro IPCA+ 2035, pagando
IPCA+ 7,70% ao ano, além de R$ 194,4 milhões no Tesouro IPCA+ 2060, remunerando
IPCA+ 7,32% ao ano.
Diante de tamanha demanda pela renda fixa do governo, as taxas oferecidas no
Tesouro Direto continuavam em tendência de queda hoje, o que, em compensação, destrava lucros com marcação a mercado.
Por exemplo, o
Tesouro IPCA+ 2050 viu a sua remuneração cair de
IPCA+ 7,16% ao ano na última sexta-feira (17) para os atuais
IPCA+ 7,07% ao ano, ao passo que seu preço unitário oscilou de R$ 828,34 para R$ 846,25, respectivamente, implicando em lucro de +2,16%.