Inflação de julho leva dólar ao menor patamar do ano; Ibovespa vai aos 138 mil pontos

Moeda norte-americana termina cotada abaixo de R$ 5,40, o que não era visto desde agosto de 2024.

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Publicado em 12/08/2025 às 18:04h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 12/08/2025 às 18:04h Atualizado 1 dia atrás por Wesley Santana

O principal índice da bolsa de valores encerrou o pregão desta terça-feira (12) com avanço de 1,7%. O Ibovespa terminou o dia cotado em 137.913 pontos, ensaiando um retorno ao patamar dos 138 mil pontos. 

O grande responsável por este resultado é o BTG Pactual (BPAC11) que teve um dia glorioso na B3. O banco de investimentos obteve uma valorização de 13% nos seus papéis, que operaram acima dos R$ 45 pela primeira vez na história. 

Outra ação de destaque no dia foi a Sabesp (SBSP3) que teve registrou uma aceleração importante. A empresa de saneamento básico avançou mais de 10% no dia, com seus ativos operando em cerca de R$ 122, ainda de acordo com dados da B3.

Na outra ponta, a Natura (NATU3) teve mais um dia para esquecer, já que o recuo foi de 8%, para R$ 8,65 cada ação. Coisa parecida aconteceu com a Tim (TIMS3) que se desvalorizou em 2,4%, para perto da barreira de R$ 22. 

Leia mais: Recorde histórico: Pós-balanço, BTG Pactual (BPAC11) dispara 10% na B3

No cenário externo, tanto o dólar quanto o euro recuaram na conversão para o real brasileiro, de acordo com o Banco Central. Enquanto a moeda norte-americana fechou cotada em R$ 5,38 (-1%), a europeia terminou em R$ 6,28 (-0,46%). 

Esse representa o menor patamar do dólar em mais de um ano, um movimento puxado pelos números da inflação no Brasil e nos EUA. No mercado americano, os principais índices de ações terminaram no campo positivo, com valorizações superiores a 1%.

A melhor performance veio de Nasdaq que chegou a 1,4%, aos 21,6 mil pontos. Dow Jones, NYSE e S&P 500 fecharam o dia com avanço de 1,1% cada um, segundo as bolsas de valores dos EUA. 

Inflação no Brasil e nos EUA abaixo das expectativas

Grande parte dos resultados positivos desta terça estão relacionados ao resultado da inflação oficial de julho, que veio abaixo da expectativa dos analistas. O IPCA terminou o mês com alta de 0,26%, enquanto o consenso do mercado era de 0,37%.

Com isso, no acumulado de 2025, a inflação brasileira está em 3,26%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já em 12 meses, o aumento dos preços chega a 5,23%, acima do teto da meta do Banco Central que é de 4,5%.

Já nos EUA, a inflação de julho terminou dentro da margem esperada pelos analistas. Por lá, os preços subiram 0,2% no intervalo de 30 dias, conforme dados do Escritório de Estatísticas do Trabalho do Departamento do Trabalho. Em 12 meses, os preços subiram 2,7%, abaixo da expectativa dos analistas que era de 2,8%