Ibovespa (IBOV) reage e retoma 158 mil pontos nesta quinta

Alta é puxada por Brava Energia, Suzano e Azul; juros cedem com fala do BC.

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Publicado em 18/12/2025 às 14:51h - Atualizado 9 minutos atrás Publicado em 18/12/2025 às 14:51h Atualizado 9 minutos atrás por Wesley Santana
Possível venda de ativos leva Brava a valorização expressiva (Imagem: Divulgação)
Possível venda de ativos leva Brava a valorização expressiva (Imagem: Divulgação)

Depois de dias de marasmo, o principal indicador da bolsa de valores brasileira reagiu nesta quinta-feira (18). Por volta das 14h, o Ibovespa (IBOV) subia 0,7%, retomando seus 158 mil pontos, conforme dados da B3.

O movimento é puxado pelas ações da Brava Energia (BRAV3) que, pelo quintodia, operam com forte alta na bolsa. Na tarde de hoje, os papéis são negociados por cerca de R$ 16,20, o que representa uma aceleração de 11% em relação ao fechamento da quarta.

Neste pregão, as ações reagem à notícia de uma possível venda de três poços de gás para a Eneva, o que poderia movimentar até US$ 450 milhões. Por meio de comunicado, a empresa diz que avalia constantemente o seu portfólio, mas ressaltou que não tem conhecimento sobre possíveis interessados nos ativos. 

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Outra empresa que favorece o desempenho do IBOV é a Suzano (SUZB3), que avança mais de 6% na bolsa, para R$ 53. O pódio de altas se completa com o ticker da Azul (AZUL4), que também vê seus ativos no campo positivo, ensaiando para chegar aos R$ 0,85.

Na outra ponta, há pelo menos três empresas que perforam com baixa média de 2%: São Martinho (SMTO3), Direcional (DIRR3) e Ânima Educação (ANIM3). Quase todas as blue chips da bolsa, porém, ajudam o IBOV no sentido da valorização, ainda de acordo com dados da B3.

Cenário internacional

No campo das moedas estrangeiras, o movimento do real brasileiro é misto. Há valorização de 0,12% frente ao euro, mas perde 0,11% na comparação com o dólar dos EUA, que opera em R$ 5,529 durante a tarde, conforme informações do Banco Central.

Entre as bolsas estrangeiras, as principais dos Estados Unidos operam com valorização, depois que a inflação do país veio mais positiva que o esperado. O Nasdaq avança 1,3% e a NYSE cresce 0,6%, enquanto o S&P 500 supera 0,65%.

Juros cedem no Brasil

Depois de começarem o dia com leve alta, as taxas do DI viraram para a queda depois do horário do almoço. Os títulos marcados para janeiro de 2028, por exemplo, perdem 1 ponto-base, e os de janeiro de 2031 caíram 2 pontos-base, registrando 13,25% e 13,61%, respectivamente.

O movimento veio depois das falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de que ainda não há decisões fechadas para o início do corte da Selic no país. O executivo pontuou que o BC mira o entorno da meta da inflação e que é preciso mais dados para definir os próximos passos da taxa básica de juros.

“Agentes estão tentando achar dica em texto que não dá dica”, afirmou Galípolo. “Não decidimos o que vamos fazer nem na reunião de janeiro, nem na de março, nem nas próximas. Não queríamos comunicar o que vamos fazer porque não decidimos o que vamos fazer”, reforçou.