Ibovespa cai e dólar sobe, com tarifas e prévia do PIB

O principal índice da B3 chegou a perder os 135 mil pontos na mínima do dia.

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Publicado em 14/07/2025 às 11:55h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 14/07/2025 às 11:55h Atualizado 4 minutos atrás por Marina Barbosa
Bolsas americanas também caem nesta 2ª feira (Imagem: Shutterstock)

A semana começou com o Ibovespa em queda e o dólar em alta, devido às incertezas trazidas pelas tarifas americanas e à desaceleração da economia brasileira.

📉 O principal índice da B3 recua pelo 6º pregão consecutivo. Por isso, perdeu o patamar dos 136 mil pontos e ainda flertou com os 135 mil pontos nas mínimas do dia, o que não acontecia desde 9 de junho.

Às 11h30, o Ibovespa recuava 0,93%, aos 134.915 pontos. Depois disso, no entanto, o índice apresentou uma leve reação e recuperou os 135 mil pontos.

💵 Já o dólar avançava 0,22% e era negociado por R$ 5,56 às 11h30. A moeda vem oscilando entre R$ 5,54 e R$ 5,57 neste pregão.

Nesta segunda-feira (14), o mercado monitora mais uma vez os efeitos da nova política tarifária americana.

Além disso, os analistas reagem aos dados da "prévia do PIB", que recuou 0,7% em maio -um desempenho pior do que o esperado pelos analistas.

EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no final de semana que aplicaria uma tarifa de 30% sobre os produtos da União Europeia e do México.

Na semana passada, Trump já havia decidido taxar os produtos do Canadá e do Brasil. Por isso, o temor de uma guerra comercial voltou a assombrar os mercados.

Não à toa, as bolsas americanas também recuam nesta segunda-feira (14). Veja o desempenho às 11h40:

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Brasil prepara reação

Os investidores também aguardam pela resposta do governo brasileiro à tarifa de 50% anunciada por Trump na semana passada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve criar um comitê interministerial para ouvir os setores mais afetados pela medida para avaliar quais ações serão adotadas pelo governo.

Lula vem dizendo que o Brasil tentará negociar as tarifas, mas pode recorrer à OMC (Organização Mundial de Comércio) e retaliar os Estados Unidos com novas tarifas.

Nesse domingo (13), o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou essa estratégia, dizendo que o governo deve regulamentar até esta terça-feira (15) a Lei de Reciprocidade Econômica, que permitiria uma resposta a Trump.