Pão de Açúcar (PCAR3) deixará de negociar ADR em NYSE
Empresa vai notificar SEC, mas ainda não há data oficial para fim das operações
Dono do Pão de Açúcar e do Extra, o GPA (PCAR3) levantou R$ 704 milhões no follow-on (oferta subsequente de ações) anunciado no início de março. O valor superou a oferta-base de R$ 504 milhões, mas não chegou ao total de R$ 1 bilhão que podia ser levantado na operação.
💲O GPA pretendia emitir de 140 milhões a 280 milhões de ações com o follow-on. Acabou emitindo 220 milhões de ações ordinárias, a um preço de R$ 3,20. A quantidade contempla a oferta-base de 140 milhões e 57% da oferta adicional de mais 140 milhões de ações.
Já o preço de R$ 3,20 por ação representa um desconto de 3,9% em relação ao preço de fechamento da quarta-feira (13), quando as ações da companhia terminaram o dia cotadas a R$ 3,33. O papel, contudo, já vem em queda há algum tempo na B3. Segundo dados do Investidor10, o recuo é de quase 16% em um mês.
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📉 Os recursos levantados na operação devem ajudar a reduzir o endividamento da companhia. O follow-on, contudo, ainda vai reduzir a participação do Casino no GPA. O grupo francês, que recentemente vendeu a rede colombiana de supermercados Éxito, detinha 40,9% das ações do GPA antes do follow-on.
Segundo a revista "Exame", a participação do Casino no GPA deve cair para cerca de 24% com a oferta. Já o ex-CEO do GPA, Ronaldo Iabrudi, deve passar a deter 5% das ações da companhia. Ele deve aportar de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões na oferta, ainda de acordo com a "Exame".
Em comunicado publicado na noite de quarta-feira (13), o GPA disse apenas que, com a oferta, "o novo capital social da companhia passará a ser de R$2.511.167.455,83, dividido em 490.139.069 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal". As ações emitidas no follow-on passarão a ser negociadas na B3 a partir desta sexta-feira (15).
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A varejista reconsiderou e optou por permanecer no espaço, atualizando os termos do contrato com o BRCO11.