Governo irá anunciar possíveis cortes de gastos este ano, afirma Haddad

Fala foi dita em entrevista ao "Roda Viva", da "TV Cultura"

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Publicado em 23/01/2024 às 09:21h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 23/01/2024 às 09:21h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Ag.Brasil/Marcelo Camargo)

🗣️ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última segunda-feira (22) que o Ministério do Planejamento está analisando possíveis cortes de gastos primários. A fala foi dita em entrevista ao "Roda Viva" da "TV Cultura". 

📉 Segundo o ministro, esses cortes serão anunciados neste ano, assim como a revisão de despesas tributárias.

Haddad destacou que existe uma secretaria específica para tratar sobre revisão de gastos no Planejamento, que é liderado pela ministra Simone Tebet.

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Haddad comenta meta de déficit zero

Haddad também destacou que uma possível revisão da meta de déficit zero traçada para este ano na economia não foi discutida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

🇧🇷 Segundo o ministro da Fazenda, o tema foi discutido com o presidente quando a meta foi fixada. Haddad relembrou ter afirmado a Lula que era necessário concluir o ano e verificar quais pautas da equipe econômica para aumentar o nível de receitas avançaram, e o nível de desidratação de cada uma delas.

Para finalizar o assunto sobre a meta de déficit zero, Haddad foi enfático ao dizer que se não tivesse convicção sobre a meta traçada pela equipe econômica, não estaria defendendo a ideia há mais de um ano. 

"Lula não falou que déficit zero era uma bobagem", afirmou Haddad sobre as os debates que rondaram o governo ao final de 2023.

Selic e a economia

Ao ser questionado sobre a taxa Selic, Haddad afirmou que teria iniciado o ciclo de cortes "um pouco antes" do que o BC fez.

"Lá pra terceira reunião do Copom no ano passado, já havia espaço para corte", disse o ministro.

Haddad, no entanto, afirmou que existe uma questão externa que precisa ser considerada agora, que vai afetar a economia brasileira.

Mesmo assim, o corte de juros mais consistente neste ano deve favorecer a economia.