Gol (GOLL4) capta US$ 1,9 bi e caminha para fim da recuperação judicial
Financiamento deve cobrir os custos da recuperação judicial, além de garantir capital de juro para operações futuras.
✈️ A Gol Linhas Aéreas (GOLL4) deu um passo decisivo para encerrar sua reestruturação financeira.
O plano de reorganização judicial da companhia foi aprovado nesta terça-feira (20) por um tribunal de Nova York, nos Estados Unidos, no âmbito do processo conhecido como Chapter 11 — equivalente à recuperação judicial no Brasil.
Com o apoio da maioria dos credores e uma captação robusta de US$ 1,9 bilhão, a empresa projeta concluir o processo no início de junho.
A notícia impulsionou os papéis da Gol, que subiram 12,09% na B3, cotados a R$ 1,02 por volta das 16h20 (horário de Brasília).
A aprovação do plano foi possível após a Gol garantir compromissos vinculantes para a captação de US$ 1,9 bilhão (cerca de R$ 10,8 bilhões), via emissão de instrumentos de dívida.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os recursos serão usados para:
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Antes da audiência, algumas empresas haviam apresentado objeções à proposta de reorganização.
A Oracle, por exemplo, retirou sua objeção na segunda-feira (19), conforme documentos judiciais. A Latam (TAM), outra credora que havia contestado o plano, também retirou seu pedido anteriormente.
Com isso, restaram apenas dois grupos com objeções pendentes, o que não impediu a Justiça de aprovar o plano da aérea brasileira.
📈 A possível fusão entre Gol e Azul (AZUL4) volta ao radar, mas ainda sem definições. A saída da Gol do Chapter 11 era vista como etapa necessária para viabilizar uma eventual união entre as duas companhias.
Contudo, a própria Azul enfrenta questionamentos sobre sua estrutura financeira. A companhia afirmou, em comunicado, que continua analisando alternativas para preservar liquidez e fortalecer seu capital.
Segundo analistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos, uma eventual entrada da Azul em processo de reestruturação poderia atrasar ou até inviabilizar as negociações.
O CEO da Gol, Celso Ferrer, afirmou que a empresa está focada em sair fortalecida do Chapter 11, deixando em aberto a necessidade de fusão com a Azul.
Financiamento deve cobrir os custos da recuperação judicial, além de garantir capital de juro para operações futuras.
A margem Ebitda recorrente foi de 27,3%, redução de 0,5 ponto porcentual em comparação com o período anterior.