Fundo imobiliário afunda na Bolsa após cortar dividendos e deixar cotistas furiosos
A forte desvalorização ocorre na sequência do anúncio de que não haverá distribuição de dividendos em dezembro.
Para muitos investidores, investir em fundos imobiliários já virou estilo de vida. Há quem prefira ser cotista do que ser acionista de empresas listadas na bolsa de valores.
Para este primeiro grupo, alguns fundos foram bastante rentáveis ao longo deste ano de 2025. Um levantamento feito pela Economatica mostrou que, de 112 FII monitorados, 80 deles chegaram a um dividend yield de ao menos 12% ao ano.
O resultado entrega uma taxa de rendimento mensal de 1%, bem próximo à taxa Selic, que termina o ano em 1,25% ao mês. No entanto, a diferença é que houve FIIs que também viram seu valor de cota aumentar, o que duplica o valor na carteira de investimentos.
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O melhor desempenho do ano foi visto no Hectare CE (HCTR11) que entregou DY de 22,5% aos cotistas. Além disso, as cotas do fundo subiram cerca de 16%, conforme dados da B3, passando a ser negociadas em R$ 20,60 no último pregão do ano.
Na sequência aparece o Gazit Malls (GZIT11) que entregou 21,5% em dividendos aos cotistas desde janeiro. Além disso, viu a variação da cota em quase 6%, para R$ 46, ainda de acordo com a B3.
O pódio fica completo com o Valora Renda Imobiliária (VGRI11) que rentabilizou 20,5% em proventos. Neste caso, a variação positiva foi de 9%, com cada cota chegando a R$ 8,30.
No mesmo período, o IFIX (Índice de Fundos Imobiliários) apresentou uma valorização de 21%. Nesta segunda (29), o indicador opera na casa de 3.771 pontos, o maior saldo já registrado na história.
A forte desvalorização ocorre na sequência do anúncio de que não haverá distribuição de dividendos em dezembro.
O fundo imobiliário irá pagar R$ 0,38 por cota, valor equivalente a um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 1,25%.