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🚨 Os fundos imobiliários enfrentaram uma quinta-feira (28) marcada por intensas quedas no mercado financeiro.
O Índice de Fundos Imobiliários (Ifix), que acompanha os FIIs mais negociados na Bolsa de Valores, recuou 0,97%, encerrando o dia em 3.140 pontos – o pior desempenho desde novembro de 2022, quando registrou uma queda ainda mais acentuada de 1,73%.
O movimento reflete o sentimento negativo do mercado, impulsionado por medidas fiscais recentemente anunciadas pelo governo federal.
Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote de corte de gastos deve gerar uma economia de R$ 70 bilhões até o final de 2025.
No entanto, investidores parecem reagir com cautela às perspectivas econômicas e fiscais do país, o que impactou diretamente os ativos imobiliários.
Dos 114 FIIs que compõem o índice, apenas 10 conseguiram fechar em alta. O destaque negativo ficou por conta do BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11), que liderou as quedas com um recuo expressivo de 3,28%.
O desempenho do índice também reflete uma tendência negativa mais ampla: na semana, o Ifix acumula queda de 1,1%, e no mês de novembro, o recuo já alcança 2%. No acumulado do ano, a retração chega a 5,16%.
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Além da reação às medidas fiscais, o cenário de juros elevados no Brasil continua pesando sobre o setor de fundos imobiliários.
Com a taxa Selic estacionada em níveis altos, investimentos em renda fixa permanecem atrativos para investidores, reduzindo o apetite por ativos de maior risco, como FIIs.
A volatilidade também é ampliada pela proximidade do final do ano, quando muitos investidores ajustam suas carteiras para 2024, buscando maior previsibilidade diante de um cenário econômico ainda incerto.
📈 Apesar das quedas recentes, especialistas apontam que o momento pode trazer oportunidades para investidores que buscam rendimentos consistentes no longo prazo.
Com preços pressionados, alguns FIIs oferecem dividend yields atrativos, o que pode beneficiar quem está disposto a enfrentar a volatilidade atual.
O desempenho dos fundos imobiliários dependerá diretamente de fatores como a evolução da política fiscal, o comportamento da taxa de juros e a estabilidade econômica no próximo ano.
Para investidores, a palavra-chave continua sendo cautela, aliada a uma análise criteriosa dos fundamentos de cada FII.
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