Eletrobras (ELET3) vende participação na Eletronuclear à J&F
A Âmbar Energia passará a controlar 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear.
Uma das maiores empresas da bolsa de valores vai entrar em uma nova fase no próximo mês. Nesta quarta-feira (22), a Eletrobras (ELET3) anunciou nada mais que a troca de seu nome e código de negociação na B3.
A partir de 10 de novembro, a empresa que antes pertencia ao governo federal passará a se chamar Axia Energia. A mudança inclui a alteração do ticker na bolsa, que agora passará a ser AXIA3 para as ações ordinárias e AXIA5 e AXIA6 para as preferenciais classe A e B, respectivamente.
Segundo comunicado divulgado pela companhia, a mudança faz parte de um processo de transformação que teve início em 2022, depois que a companhia foi privatizada. Além disso, o novo nome seria uma forma de reforçar o compromisso da empresa com uma atuação mais inovadora.
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O documento explica que o nome “Axia” vem do grego e significa “valor”, além de remeter à palavra “eixo”. A nova marca também quer mostrar um novo momento da companhia, com disciplina financeira, excelência operacional e geração de valor.
“A iniciativa reflete a convicção de que o futuro da energia será construído por empresas sólidas, confiáveis e capazes de catalisar negócios que impulsionam o desenvolvimento econômico sustentável”, informou a companhia em nota. “O foco estratégico é o de uma empresa que passa a oferecer a seus clientes e ao mercado uma visão de energia que vai além da commodity, com soluções completas que catalisem resultados e atendam às necessidades de negócio dos clientes”, continua.
Com mais de 60 anos de existência, a Eletrobras foi fundada como Centrais Elétricas Brasileiras e depois teve seu nome alterado para como é conhecida hoje. Em 2022, deixou de ser parte do governo federal, quando foi privatizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro por R$ 33,7 bilhões.
A Eletrobras é uma das maiores empresas do país, com um valor de mercado de R$ 126 bilhões, de acordo com a B3. Ela é responsável por quase 20% da geração de energia nacional, o que amplia ainda mais a sua importância no país e na América Latina.
Depois do anúncio, os investidores reagiram de forma nada animadora, com as ações da companhia caindo mais de 1% na B3. Por volta das 12h, os papéis eram negociados perto de R$ 54.
A Âmbar Energia passará a controlar 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear.
A transação rendeu R$ 703,5 milhões à companhia e marca o fim do processo de desinvestimento em ativos termelétricos.