21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
💰 O mercado de capitais brasileiro registrou captação de R$ 43,6 bilhões em maio de 2025, o menor volume mensal desde janeiro de 2024, segundo dados da Anbima divulgados nesta quarta-feira (11).
O desempenho representa uma queda em relação aos R$ 47,4 bilhões captados em abril e está muito distante do patamar recorde de dezembro de 2024, quando o volume chegou a R$ 101,93 bilhões.
O número também fica aquém dos R$ 76,8 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado, evidenciando a desaceleração nas emissões de instrumentos financeiros diante de um ambiente macroeconômico mais volátil e sensível ao risco.
As debêntures lideraram mais uma vez as emissões no mês, com R$ 28,7 bilhões captados — o equivalente a 65,9% do total.
Do montante, 31% corresponderam a debêntures incentivadas, com isenção de imposto de renda para investidores pessoas físicas.
A principal destinação dos recursos foi para projetos de infraestrutura, que absorveram 32,4% dos recursos captados.
Apesar do protagonismo, os papéis emitidos apresentaram queda no prazo médio: de 8,29 anos em abril para 6,35 anos em maio.
A redução sugere maior cautela por parte dos emissores e investidores em função do cenário fiscal e da perspectiva de juros mais elevados por mais tempo.
➡️ Leia mais: XP aposta em BrasilAgro (AGRO3) para voltar a colher dividendos ‘gordos’
Uma das mudanças mais notáveis foi o perfil de quem está comprando essas emissões. Os Fundos de Investimento aumentaram sua participação nas debêntures, respondendo por 54,8% das subscrições, ante 35,4% em abril.
Já os intermediários financeiros e agentes estruturadores, que detinham 64,6% no mês anterior, viram sua participação cair para 45,2%.
No segmento das debêntures incentivadas, os fundos também ganharam espaço, subindo 6,8 pontos percentuais, embora os intermediários ainda sejam os principais compradores, com 46,4%.
No setor de securitização, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) somaram R$ 2,8 bilhões e se destacaram pelo crescimento da participação de pessoas físicas, que aumentou 22,7%.
Já os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) sofreram retração, com captação de R$ 2,7 bilhões — bem abaixo dos R$ 4,3 bilhões de abril.
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) captaram R$ 5,8 bilhões, com aumento no número de operações.
No entanto, entre os instrumentos híbridos, a queda foi expressiva: os Fundos Imobiliários (FIIs) passaram de R$ 4,3 bilhões em abril para apenas R$ 522 milhões em maio. Os Fiagros, por sua vez, somaram R$ 23 milhões — retração significativa frente aos meses anteriores.
➡️ Leia mais: FIES em crise: Rombo bilionário ameaça resultados de Banco do Brasil e Caixa
A renda variável teve pouco movimento. Maio registrou apenas a segunda oferta subsequente (follow-on) do ano, no valor de R$ 635 milhões.
O mercado primário de ações (IPO) continua inativo desde janeiro de 2022, refletindo a baixa confiança dos investidores em novas listagens na atual conjuntura.
No mercado externo, as empresas brasileiras captaram apenas R$ 120 milhões em bonds — um volume residual em relação à média histórica.
A combinação de menor prazo nos papéis, queda na renda variável e retração em produtos como FIIs e Fiagros indica uma postura mais defensiva dos investidores.
Em contrapartida, debêntures tradicionais e incentivadas seguem atraindo capital, especialmente por parte de fundos, o que sinaliza preferência por ativos com retorno fixo e risco mais controlado.
📊 A queda nos FIIs e CRIs também pode estar relacionada à perspectiva de manutenção da Selic em níveis elevados, o que reduz o apelo relativo desses produtos frente à renda fixa tradicional.
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores