FII coloca ativo à venda para tentar destravar valor, entenda
SARE11 negocia venda de galpão logístico de R$ 62,8 milhões em Barueri.
💲 O fundo imobiliário Santander Renda de Aluguéis (SARE11), em meio a um ano desafiador para o mercado de fundos imobiliários, anunciou uma operação estratégica que promete destravar valor para seus cotistas.
Com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MOU), o fundo comunicou a venda de um imóvel localizado em Alphaville, Barueri (SP), por R$ 62 milhões.
Essa transação deve resultar em um ganho de capital de aproximadamente R$ 7 milhões, equivalente a R$ 0,076 por cota.
O setor de fundos imobiliários enfrenta uma retração significativa em 2024, com o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) acumulando uma desvalorização de 10,58% no ano.
No caso do SARE11, a situação é ainda mais sensível, com uma queda superior a 18% nas cotações de suas cotas.
Apesar disso, o fundo, gerido pelo Santander (SANB11), vem adotando uma série de medidas para mitigar os desafios e otimizar os resultados para os investidores.
A venda do imóvel em Alphaville faz parte de uma estratégia de reciclagem do portfólio, que inclui a alienação de ativos, reestruturação de contratos e ajustes na estrutura de capital.
A transação reforça o compromisso do fundo com o objetivo de "destravar o valor intrínseco das cotas", conforme declarado pela gestora.
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O imóvel, adquirido em abril de 2020 por R$ 2.910,00 por metro quadrado, será vendido por R$ 3.283,00 por m², gerando uma valorização de 12,8%.
O montante da venda, a ser pago em até 14 parcelas corrigidas pelo IPCA, representa um cap rate de 8,5%, compatível com as avaliações mais recentes, que variam entre R$ 60,1 milhões e R$ 62,8 milhões.
No entanto, a concretização do negócio ainda depende de etapas como o período de due diligence e a análise de preferência pelo atual inquilino, que tem 60 dias para se manifestar. Segundo o Santander, essas condições devem ser concluídas em até 45 dias.
A gestão do SARE11 tem enfrentado desafios desde o segundo semestre de 2024, incluindo a inadimplência da WeWork (WEWKQ), que era uma das principais locatárias do portfólio.
A empresa, que ocupava quatro andares do WT Morumbi, deixou de honrar seus compromissos, o que pressionou os rendimentos do fundo.
📊 Como resposta, a gestora rescindiu antecipadamente o contrato com a WeWork e contratou a consultoria Grow Real Assets Capital para apoiar na reestruturação. O plano de ação inclui:
Essas medidas já começam a trazer resultados. Em novembro, o fundo reportou um rendimento por cota que reflete os esforços de reorganização, ainda que o mercado continue desafiador.
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