Estrangeiros dominam 72% do patrimônio dos FIPs no 1T24

Os FIPs direcionaram R$ 10,83 bilhões para novos investimentos.

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Publicado em 05/08/2024 às 12:32h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 05/08/2024 às 12:32h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
456 empresas foram beneficiadas por esses fundos (Shutterstock)

Os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) encerraram os três primeiros meses de 2024 com um expressivo patrimônio líquido de R$ 814,5 bilhões, conforme dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais). A relevância da participação estrangeira nesse mercado se destaca, com investidores internacionais detendo mais de 70% do patrimônio total dos FIPs, um montante superior a R$ 584 bilhões.

📈 Esse resultado representa um crescimento de 26,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, evidenciando a confiança crescente de estrangeiros no mercado brasileiro de participações, segundo informou a assessoria de imprensa da companhia.

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Os cotistas dos FIPs se comprometeram a investir um montante total de R$ 630,1 bilhões no primeiro trimestre de 2024, de acordo com os regulamentos dos fundos. Esse valor representa um crescimento de 7,6% em comparação ao mesmo período de 2023, evidenciando a confiança dos investidores nesse tipo de investimento.

🗣️ “Os FIPs vêm ganhando espaço como uma opção interessante para quem quer diversificar seus investimentos e, ao mesmo tempo, contribuir com projetos que fomentam a economia real. Hoje, esse tipo de fundo é oferecido apenas para investidores qualificados ou profissionais, mas a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) já estuda a possibilidade de ofertá-lo também para o varejo, o que, na nossa visão, traria benefícios para investidores e mercado”, disse Sergio Cutolo, diretor da ANBIMA.

No primeiro trimestre de 2024, os FIPs direcionaram R$ 10,83 bilhões para novos investimentos e realizaram resgates no valor de R$ 8,12 bilhões. Ao todo, 456 empresas foram beneficiadas por esses fundos, com destaque para o setor de bens de capital, que concentrou 143 empresas. Os setores de energia e serviços administrativos também se destacaram, com 138 e 63 empresas, respectivamente, demonstrando a diversificação dos investimentos dos FIPs.