Enel SP investirá R$ 6,2 bilhões entre 2024 e 2026

Segundo a distribuidora, o objetivo é "fortalecer a resiliência da rede elétrica para enfrentar os crescentes desafios climáticos".

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Publicado em 16/04/2024 às 21:11h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 16/04/2024 às 21:11h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
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🔌No mesmo dia em que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), viajou a Brasília para sugerir que os municípios participem da fiscalização das distribuidoras de energia e ofereçam "anuência" para os novos contratos de concessão, em uma movimentação contra a Enel SP, a empresa anunciou intenção de investir cerca de R$ 6,2 bilhões entre 2024 e 2026 na área de concessão. Segundo a distribuidora, o objetivo é "fortalecer a resiliência da rede elétrica para enfrentar os crescentes desafios climáticos".

A Enel explicou que o valor planejado representa um aumento significativo no nível anual de investimento da distribuidora, passando de uma média anterior de R$ 1,4 bilhão desde a aquisição da Eletropaulo para cerca de R$ 2 bilhões. Os recursos serão destinados a toda a área de concessão, que abrange 24 municípios da região metropolitana de São Paulo.

A concessionária revelou que apresentou o plano de investimentos ao prefeito Ricardo Nunes em uma reunião com o diretor global da Enel, Alberto de Paoli, o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala, e o diretor de Relações Externas, Damian Popolo.

Apesar do anúncio ao prefeito, os planos de Nunes permanecem os mesmos. Ele apresentou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um projeto de lei que propõe a descentralização das atividades de fiscalização das distribuidoras, iniciativa do colega de partido, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), além de se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também criticou a atuação da Enel e ordenou novas fiscalizações da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre as atividades da concessionária.

A relação entre a prefeitura de São Paulo e a Enel deteriorou-se após o apagão no início de novembro, quando milhares de consumidores ficaram sem energia, em alguns casos por quase uma semana, devido a intensas tempestades. Nos meses seguintes, novos problemas levaram a críticas mais severas da população e das autoridades.

Segundo a Enel, o plano de investimentos inclui medidas que serão imediatamente implementadas pela empresa, visando "melhorar continuamente o fornecimento de energia".

A distribuidora destacou que pretende contratar até 1,2 mil colaboradores nos próximos 12 meses para garantir uma resposta mais eficaz às solicitações dos clientes. Além disso, a Enel planeja reforçar suas equipes de campo, intensificar ações de manutenção preventiva e corretiva para reduzir cortes inesperados, aumentar o número de podas preventivas e modernizar a rede elétrica com a instalação de mais equipamentos de automação para manobras remotas em caso de falta de energia.

Em nota, o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala, afirmou que o plano apresentado "propõe uma série de soluções para reduzir o número de interrupções de energia e o tempo médio de atendimento aos clientes".

A Enel também apresentou ao prefeito novos protocolos de gestão em situações de contingência, que devem permitir à distribuidora aumentar em mais de quatro vezes as equipes de campo, dependendo da gravidade dos alertas meteorológicos. Já os canais de atendimento podem dobrar sua capacidade durante contingências severas.

Em nota, Nunes afirmou que continuará fiscalizando e cobrando maior empenho da empresa, "além de buscar mudanças na legislação federal para ampliar o poder da Prefeitura". "No entanto, diante da abertura de um novo diálogo e do protocolo de ações emergenciais proposto, manifesto meu voto de confiança", declarou.