Atuando no mesmo ramo da Klabin (KLBN11), a Eldorado Brasil Celulose S.A. exporta a commodity agrícola para mais de 40 países, matéria-prima usada na produção de embalagens e papéis. O conselho de administração da companhia aprovou nesta quarta-feira (27) a emissão de até R$ 2,5 bilhões em três Cédulas de Produto Rural com Liquidação Financeira.
Esses instrumentos financeiros em favor da Opea Securitizadora servirão como lastro para a oferta pública de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), títulos de renda fixa isentos da cobrança de imposto de renda, com os quais a Eldorado Brasil Celulose busca pegar emprestado R$ 2 bilhões, com lote adicional para até R$ 2,5 bilhões.
Sem o lote adicional, a primeira série de CRAs deve angariar R$ 1 bilhão, com vencimento aproximado em sete anos e remuneração indexada ao CDI+. Na sequência, a segunda série de títulos de dívida somará R$ 500 milhões, com vencimento previsto em dez anos e remuneração atrelada ao IPCA+.
Por fim, a terceira série de CRAs da Eldorado Brasil Celulose deve levantar R$ 500 milhões, com vencimento daqui a 15 anos e remuneração atrelada ao IPCA+. Esse tipo de investimento não possui a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
A oferta dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio ainda será registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com procedimento de bookbuilding (coleta de intenções de investimento) para verificar a demanda no mercado pelos CRAs da companhia, para a definição da quantidade de títulos e taxas finais de remuneração aos investidores de renda fixa.
Vale mencionar que a longa disputa entre a J&F Investimentos e a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Brasil Celulose S.A. está prestes a chegar ao fim em 2025.
As duas companhias fecharam um acordo que garante à holding dos irmãos Batista a compra da participação de 49% atualmente detida pela multinacional asiática na Eldorado.
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