Embraer (EMBR3): Eve prevê produção do 1º ‘carro voador’ ainda este ano
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A Embraer (EMBR3) tem mais um dia de forte alta na bolsa brasileira, impulsionada pelos resultados do terceiro trimestre e por contrato firmado com a Suécia. Com isso, o papel renovou a sua máxima histórica, batendo nos R$ 56.
✈️ As ações da Embraer sobem cerca de 4% nesta segunda-feira (11), diante da notícia que a Suécia escolheu a C-390 Millennium como sua nova aeronave militar de transporte tático. Com isso, as ações atingiram o pico R$ 56 no início desta tarde.
O papel já havia disparado 7,47% na última sexta-feira (8), na esteira dos dados do terceiro trimestre. Por isso, fechou a semana passada cotado a R$ 53,79, deixando para trás a máxima de R$ 51,93 registrada em setembro deste ano.
Com mais essas altas, a Embraer passou a ser avaliada por cerca de R$ 40 bilhões e já acumula uma valorização de quase 150% neste ano na bolsa brasileira.
💲 Já os ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer eram negociados por US$ 38,73 em Nova York às 14h15 desta segunda-feira (11). É o maior patamar em dez anos, mas o mercado ainda vê espaço para novos ganhos.
O BTG Pactual, por exemplo, elevou o preço-alvo para o ADR da Embraer de US$ 39 para US$ 47. O banco vê a Embraer beneficiada por "um ambiente favorável em todos os principais segmentos da indústria da aviação". Por isso, projeta um "forte desempenho" no quarto trimestre deste ano e tem uma "perspectiva positiva" para 2025.
A Embraer reportou um lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão no terceiro trimestre deste ano. O resultado disparou 604,3% em relação ao mesmo período de 2023, quando somou R$ 167,1 milhões.
O dado foi impulsionado, sobretudo, pelos segmentos de Aviação Executiva e Defesa & Segurança, que aceleraram as entregas de aeronaves e, com isso, ampliaram suas receitas em mais de 85%.
A receita consolidada da Embraer somou R$ 9,4 bilhões no terceiro trimestre, alta anual de quase 50%. Já o Ebitda ajustado saltou 168%, para R$ 1,9 bilhão. A margem Ebitda ajustada foi de 21,1%, ante 11,7%.
Além disso, a fabricante de aeronaves brasileira registrou uma carteira de pedidos recorde de US$ 22,7 bilhões ao final do terceiro trimestre. A cifra cresceu 27% em um ano e segue em alta.
A Embraer anunciou no sábado (9) que a Suécia escolheu o C-390 Millennium como a sua nova aeronave de transporte tático.
Este é o sexto país da União Europeia a encomendar a aeronave da companhia brasileira, junto com Áustria, República Tcheca, Hungria, Holanda e Portugal. Além disso, Brasil e Coreia do Sul também compraram o modelo.
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A carteira de pedidos firmes atingiu o maior nível em sete anos, totalizando US$ 21,1 bilhões no final de março.