Embraer (EMBR3): Eve prevê produção do 1º ‘carro voador’ ainda este ano
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A Embraer (EMBR3) espera entregar 10,5 mil aeronaves comerciais de até 150 assentos nos próximos 20 anos. Os pedidos são avaliados em US$ 640 bilhões.
✈️ A estimativa considera a entrega de 8.470 jatos e 2.030 turboélices e foi apresentada nesta terça-feira (23), durante a feira Farnborough Airshow, na Inglaterra.
A Embraer explicou que o tráfego mundial de passageiros, medido em RPK (receita por passageiros por quilômetros), retomou o nível pré-covid, exceto na região Ásia-Pacífico/China.
Além disso, a companhia vê um crescimento na categoria de small narrowbody, isto é, de aviões de até 150 assentos.
"Aviões maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ideais para mercados de média e baixa densidade, especialmente quando frequências diárias múltiplas são essenciais para que cidades de menor porte permaneçam bem conectadas", argumentou.
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Com a perspectiva de entregar 10,5 mil aeronaves até 2043, a Embraer pretende atingir uma participação de 38% na receita por passageiros por quilômetros dos mercados da Ásia-Pacífico e da Europa + América do Norte. Isso porque essas regiões representam a maior parte das entregas previstas pela companhia.
Veja quantos jatos a Embraer projeta entregar por região, até 2043:
Veja quantos turboélices a Embraer projeta entregar por região, até 2043:
A projeção apresentada nesta terça-feira (23) pela Embraer é menor do que o estimado em 2023. Há um ano, a Embraer projetava a entrega de 11 mil aeronaves, avaliadas em US$ 650 bilhões, até 2042.
O número, no entanto, vem em um momento positivo para a companhia brasileira. A Embraer confirmou a venda de aeronaves para o Paraguai, a Holanda e a Áustria só nesta semana.
Antes, já havia reportado um aumento de 88% nas entregas no segundo trimestre, além de uma carteira de pedidos recorde de US$ 21,1 bilhões.
Além disso, a Embraer apresentou o protótipo do seu carro voador no domingo (21). Era o passo que faltava para a empresa dar início aos testes do modelo.
Com isso, a companhia tem "voado" na B3. Só nesta terça-feira (23), o papel avançou 8,47%. Foi a maior alta do dia no Ibovespa.
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A carteira de pedidos firmes atingiu o maior nível em sete anos, totalizando US$ 21,1 bilhões no final de março.