Embraer (EMBR3): Eve prevê produção do 1º ‘carro voador’ ainda este ano
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A Embraer (EMBR3) assinou nesta sexta-feira (9) um memorando de entendimento com a indiana Mahindra Defence Systems. O objetivo é levar o C-390 Millenium, a nova geração de aeronave militar de transporte da Embraer, para a Índia.
🛩️ "O objetivo do acordo é de cumprir os requisitos da Força Aérea Indiana para a aquisição de aeronaves de transporte médio multimissão em seu próximo projeto de aquisição de Aeronaves de Transporte Médio", anunciou a Embraer.
A parceria, assinada na Embaixada do Brasil em Nova Déli, ainda prevê contatos com a indústria aeroespacial e de defesa indianas para o início do desenvolvimento do plano de industrialização local do projeto.
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O presidente da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, disse que a "Índia é um mercado-chave para a Embraer". Já o presidente do Setor Aeroespacial e de Defesa da Mahindra, Vinod Sahay, afirmou que "o C-390 Millenium é a aeronave militar mais avançada do mercado".
🤝 "Acreditamos que essa parceria vai não apenas reforçar a habilidade operacional da Força Aérea Indiana, mas também proporcionar uma solução de industrialização eficiente completamente alinhada com os objetivos do ‘Make in India’", afirmou Sahay.
Bosco da Costa Junior disse que a Embraer apoia "totalmente a visão da Índia para se tornar autossuficiente". "Vemos essa parceria como símbolo de fortalecimento das relações entre Brasil e Índia e uma forma de promover a cooperação global Sul-Sul", afirmou.
A possibilidade de venda do C-390 Millenium na Índia favoreceu as ações da Embraer nesta sexta-feira (9). O papel subiu 2,92%, a R$ 22,56, enquanto o Ibovespa recuou 0,15%.
O C-390 Millenium é a nova geração de aeronave militar de transporte multimissão da Embraer. O modelo entrou em operação na Força Aérea Brasileira, em 2019. Em 2023, também começou a operar na Força Aérea Portuguesa. O C-390 Millenium também foi encomendado por Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul.
De acordo com a companhia brasileira, o modelo pode transportar mais carga útil que outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa a 870 km/h. Por isso, "é capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, evacuação aeromédica, busca e salvamento, combate a incêndios e missões humanitárias, operando inclusive em pistas não pavimentadas, em superfícies como terra compactada e cascalho".
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A carteira de pedidos firmes atingiu o maior nível em sete anos, totalizando US$ 21,1 bilhões no final de março.