Embraer (EMBR3): Eve prevê produção do 1º ‘carro voador’ ainda este ano
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A Eve Air Mobility, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer (EMBR3), apresentou neste domingo (21) o primeiro protótipo em escala real do seu "carro voador".
🛫 A aeronave foi produzida na cidade de Gavião Peixoto, em São Paulo, e revelada na 45ª edição do evento de aviação internacional Farnborough Airshow, realizada na Inglaterra.
A Embraer classificou o evento como um marco histórico. Afinal, o lançamento de um protótipo em escala real abre caminho para os testes do primeiro "carro voador" da empresa brasileira.
Veja outras imagens do protótipo:
"Esse é um passo importante que reforça o nosso compromisso com a segurança, acessibilidade e inovação. Agora, devemos focar na preparação de uma rigorosa bateria de testes", afirmou o CEO da Eve Air Mobility, Johann Bordais.
Os testes devem avaliar todos os aspectos operacionais e de desempenho da aeronave, desde a capacidade de voo até os recursos de segurança. Segundo a Embraer, as informações obtidas nos testes serão utilizadas no aprimoramento do design e da funcionalidade do "carro voador".
Johann Bordais já havia dito, em maio, que a intenção da companhia é fazer testes de voo com o protótipo ainda neste ano, para que seja possível colocar o equipamento em serviço em 2026.
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O "carro voador" é chamado formalmente de eVTOL, sigla de electric vertical take-off and landing aircrafts, isto é, aeronaves elétricas de decolagem e pouso verticais.
No caso da Eve Air Mobility da Embraer, o eVTOL terá capacidade de pousar e decolar de forma vertical e asas fixas para voar em cruzeiro sem a necessidade de componentes para a transição durante o voo. Com motores elétricos, a aeronave pode alcançar até 100 km e uma velocidade de aproximadamente 185 km/h.
A Embraer já tem 2.900 cartas de intenções de compra do eVTOL. Segundo Bordais, a ideia é que o eVTOL represente uma opção extra de mobilidade. Ou seja, não será um substitutivo, mas uma alternativa ao carro e ao helicóptero.
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A carteira de pedidos firmes atingiu o maior nível em sete anos, totalizando US$ 21,1 bilhões no final de março.