Eletrobras (ELET3) sai do lucro para prejuízo de R$ 354 milhões no 1T25

O resultado negativo reforçou os desafios da companhia em seu processo de reestruturação após a privatização.

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Publicado em 14/05/2025 às 19:37h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 14/05/2025 às 19:37h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva
O Ebitda regulatório da companhia atingiu R$ 5,49 bilhões entre janeiro e março (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Eletrobras (ELET3) divulgou nesta quarta-feira (14), que reportou um prejuízo líquido de R$ 354 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 331 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.

O resultado negativo surpreendeu o mercado e reforçou os desafios da companhia em seu processo de reestruturação após a privatização.

Mesmo com a estabilidade na receita, o impacto de maiores despesas financeiras e ajustes não recorrentes pesaram sobre o desempenho.

Desempenho operacional: queda no Ebitda

O Ebitda regulatório da companhia atingiu R$ 5,49 bilhões entre janeiro e março, representando uma queda de 3,7% na comparação anual.

Na visão ajustada — que exclui efeitos extraordinários — o Ebitda totalizou R$ 5,38 bilhões, um recuo de 4,1% em relação ao 1T24.

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Apesar do recuo no Ebitda, a receita operacional líquida regulatória permaneceu praticamente estável, totalizando R$ 9,71 bilhões no trimestre.

Esse número reflete um comportamento equilibrado nas atividades de geração e transmissão, mas não foi suficiente para compensar as pressões de custos e financeiras.

Fatores que pressionaram o balanço

O principal impacto no lucro líquido veio da linha financeira, com aumento das despesas relacionadas a dívidas e ajustes de marcação a mercado.

Além disso, houve reflexos de efeitos não recorrentes ligados a provisões e ajustes contábeis, como contingências judiciais e mudanças de critérios regulatórios.

Outro fator relevante foi a volatilidade no mercado de energia, que limitou ganhos extraordinários com comercialização no período.

📊 Por fim, a companhia afirmou que segue focada em ações para aumento da eficiência operacional, venda de ativos não estratégicos e renegociação de contratos, como parte do seu plano de geração de valor no pós-privatização.