Lucro da Energisa (ENGI11) salta 32% no 2T25, para R$ 440 milhões
O lucro líquido consolidado no semestre chegou a R$ 1,51 bilhão, baixa de 15,3%.
💰 O setor elétrico tem sido um dos grandes destaques da Bolsa em 2025. Enquanto o Ibovespa acumula alta de cerca de 20% no ano, o índice de energia elétrica (IEE) dispara 40%.
Dentro desse movimento, companhias como Energisa (ENGI11) e Equatorial (EQTL3) já entregaram fortes ganhos — 37% e 34%, respectivamente. Ainda assim, o Banco Safra acredita que o mercado continua precificando essas ações com um “desconto excessivo”.
Em relatório, o banco revisou suas projeções e reiterou recomendação de compra para as duas empresas, elevando o preço-alvo da Equatorial para R$ 42, o que implica potencial de alta de 16%, e da Energisa para R$ 63, equivalente a 18% de valorização.
Na visão do Safra, os ganhos registrados até agora apenas devolveram os papéis a níveis de avaliação de um ano atrás, sem capturar todo o potencial de valorização que ainda existe.
Segundo os analistas, tanto Energisa quanto Equatorial apresentam uma taxa interna de retorno (TIR) elevada, qualidade operacional consistente e margens de Ebitda robustas.
Isso ocorre, em grande parte, pela capacidade de ambas em manter desempenho superior na gestão de custos regulatórios — um dos principais pontos de pressão no segmento de distribuição.
Ainda assim, o mercado estaria aplicando um desconto excessivo diante de riscos que, embora relevantes, não comprometem a tese de longo prazo. Entre eles, o Safra cita:
Para o banco, essas preocupações já estão embutidas no preço atual, deixando espaço para reprecificação positiva à medida que os resultados operacionais seguirem robustos.
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Embora ambas sigam como boas oportunidades, o Safra mudou sua preferência para a Energisa, enxergando uma relação risco-retorno mais favorável.
A companhia atingiu níveis superiores nos indicadores de qualidade de serviço — medidos pelo percentual de subconjuntos elétricos em conformidade com os limites regulatórios — o que reforça sua capacidade de entregar melhores margens e consistência de resultados.
Além disso, a Energisa negocia hoje com TIR implícita mais alta e múltiplos EV/EBITDA inferiores em relação à Equatorial.
Isso significa que, para cada unidade de valor de mercado, a empresa gera mais retorno ajustado ao risco, o que torna o investimento mais atrativo no curto e médio prazo.
O Safra lembra que o setor elétrico brasileiro passa por uma fase madura e com menor intensidade de capital, o que aumenta a geração de caixa livre e abre espaço para maior distribuição de dividendos nos próximos anos.
Ainda assim, a competição deve permanecer acirrada, especialmente diante da expansão das fontes renováveis e do crescimento da geração distribuída.
Na visão dos analistas, tanto Equatorial quanto Energisa estão entre as companhias mais bem posicionadas para enfrentar esses desafios, devido à combinação de eficiência operacional, disciplina na alocação de capital e valuations atrativos.
📈 Para o investidor, isso significa que, mesmo após altas expressivas em 2025, ainda há espaço relevante de valorização nessas ações, especialmente em um ambiente de juros mais baixos, que tende a favorecer setores de infraestrutura e utilidades.
O lucro líquido consolidado no semestre chegou a R$ 1,51 bilhão, baixa de 15,3%.
Energisa (ENGI11) e duas das suas subsidiárias vão remunerar seus acionistas.