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⌛ O mercado financeiro do Brasil aguarda com ansiedade o anúncio oficial do pacote de corte de gastos promovido pelo governo Lula nesta reta final de 2024. Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu a entender que os números serão abertos nesta última semana de novembro, os grandes investidores já precificam como o dólar deve se comportar no curto prazo.
Ao menos 78% dos investidores institucionais (grandes bancos e gestoras de recursos) esperam que o dólar oscile entre R$ 5,60 e R$ 5,90 até o final do ano, caso o pacote de corte de gastos gere uma economia de R$ 70 bilhões aos cofres públicos brasileiros, conforme pesquisa elaborada pela BGC Liquidez, com 50 nomes do mercado financeiro local.
Ouvindo as respostas do mercado, entre os dias 22 e 25 de novembro, a ampla maioria desacredita que haverá corte nas emendas parlamentares ou que gastos do governo federal com saúde e educação ficariam dentro do arcabouço fiscal.
"Com virtualmente 45 dias de exposição diária de que um pacote de gastos substancial e crível “vem aí”, a reação final parece estar vulnerável a algum desgaste, tirando o ímpeto positivo que poderia ter caso o mesmo pacote fosse apresentado de maneira antecipada", aponta a sondagem da BCG.
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Em outras palavras, o mercado quer dizer que o governo Lula já perdeu o "timing", demorando muito para divulgar medidas de ajuste fiscal, o que deve reduzir o seu efeito na economia, independentemente do valor a ser cortado na carne.
Para 62% dos grandes investidores, é improvável ou muito improvável que os gastos com saúde e educação fiquem de fora da regra fiscal.
Todavia, é justamente isso que ajuda a dirimir a margem para “decepção”, caso se confirmem as respectivas ausências no anúncio oficial do governo Lula, já o que o mercado já tem colocado no preço dos investimentos em bolsa de valores, tal cenário.
📉 Nos últimos 30 dias, o ETF BOVA11 (investimento que replica o desempenho do Ibovespa) teve prejuízo. Se você tivesse investido R$ 1 mil em BOVA11 há 30 dias, hoje você teria R$ 994,62, mesmo considerando o reinvestimento dos dividendos, segundo dados do Investidor10.
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