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A cotação do dólar oficial atingiu um patamar recorde na Argentina nesta terça-feira (19). Durante a manhã, cada unidade da moeda norte-americana era equivalente a mais de 1 mil pesos argentinos.
💵 A trajetória da moeda latina vem sendo de alta nos últimos anos, mas se acentuou no fim do ano passado, quando o governo de Javier Milei conduziu uma desvalorização no câmbio. Assim, de um dia a outro, a moeda perdeu 54% seu valor, subindo de 366 pesos para 800 pesos por dólar.
A estratégia do governo era manter o câmbio controlado e dar maior paridade ao dólar paralelo, que tem maior valor e é negociado nas ruas do país. Desde então, a moeda argentina acumula uma baixa de 28%, entre as maiores desvalorizações da América Latina.
As projeções do mercado financeiro dão conta de que o peso ainda tem uma trajetória de desvalorização neste ano. No mercado futuro, as negociações são de 1.040 para o final de dezembro no atacado, atingindo até 1.060 no varejo, que é o dólar vendido às pessoas físicas.
Também nesta terça, um real brasileiro era equivalente a 173,5 pesos argentinos no mercado oficial. No chamado mercado blue, a moeda podia ser trocada por 205 pesos.
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Na semana passada, o governo anunciou o fim do Imposto-País, responsável por uma taxa de 30% sobre compras feitas no exterior. Atualmente, esse custo decai sobretudo em pagamentos feitos com cartões de crédito fora da Argentina.
Segundo o governo, a retirada do imposto vai tornar o uso de cartão mais atrativo, mas destaca que os consumidores têm de se atentar à cotação do dólar MEP, outro tipo de câmbio disponível no país. Na cotação atual, cada dólar é equivalente a 1086 pesos na versão MEP.
A Argentina é um dos países com o maior número de cotações de câmbio em todo o mundo. Além da cotação oficial (usada em transações comerciais), da blue (negociada nas ruas) e MEP (para cartões internacionais), há outras cotações que são aplicadas em diferentes situações.
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