O Bitcoin (BTC) atingiu um feito histórico na madrugada desta quinta-feira (5). A cotação da principal criptomoeda do mercado ultrapassou a marca de US$ 100 mil pela primeira vez.
📈 O movimento de alta também foi vez no câmbio para o real, em que o Bitcoin passou os R$ 600 mil. Às 11h desta quinta, o criptoativo era negociado por cerca de R$ 615 mil, conforme dados dos monitores de ativos digitais.
A marca é importante pois sustenta a tese de uma alta acentuada neste ano de 2024. Embora já tivesse registrado um bom desempenho no primeiro semestre do ano, desde a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o Bitcoin disparou ao redor do mundo.
A marca histórica é registrada 15 anos depois que Satoshi Nakamoto lançou o paper da criptomoeda. O primeiro bloco do Bitcoin foi minerado em janeiro de 2009, abrindo caminho para o mundo das finanças descentralizadas.
Ainda de acordo com os monitores, nos últimos 10 anos, o Bitcoin obteve uma valorização superior a 14.000%, superando de longe a maioria das aplicações financeiras. Quem aproveitou a moeda quando ainda estava em seu início, certamente pode comemorar um patrimônio volumoso desde a pandemia do novo coronavírus.
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A chegada aos US$ 100 mil é muito mais que uma simples cotação, mas representa o valor que o Bitcoin tem entregado aos investidores. Embora não seja protegido contra quedas futuros, seguindo uma análise técnica, esse movimento tende a se manter pelos próximos meses e até chegar a um patamar ainda maior.
“Se olharmos para os ciclos de mercado anteriores, ainda parece que estamos razoavelmente no início deste mercado em alta”, destacou Josh Gilbert, analista de mercado da eToro, em entrevista ao Decrypt. “Os rebaixamentos do Bitcoin são normais, mas parece que será necessário algo grande para desacelerar o Bitcoin agora”, pontua.
Ao menos 5 momentos da história foram importantes para o Bitcoin chegar ao que é hoje. O evento mais interessante foi o apelidado “Pizza Day”, em 2010, quando duas pizzas foram compradas por US$ 41 na criptomoeda, inaugurando o uso do ativo como forma de pagamento.
Outro marco foi quando El Salvador, país da América Central, adotou o ativo digital como moeda oficial, em 2021. A cripto ainda não caiu nas graças da população, mas já é possível pagar serviços básicos usando carteiras digitais.
No Reino Unido, o que marcou a criptomoeda foi um HD que armazenava os ativos ter sido descartado no lixo por engano. Um investidor alegou que seu portfólio avaliado em mais de US$ 100 milhões se perdeu em um aterro sanitário.
Mais recentemente, porém, as perdas milionárias foram divididas entre várias pessoas, depois de constatada a fraude da FTX, uma corretora de criptomoedas dos EUA. O CEO Sam Bankman-Fried, admirador pelos entusiastas de criptos, transferia ilegalmente os saldos de Bitcoin dos clientes das contas da exchange para uma outra empresa. O caso só foi descoberto depois que a empresa principal se viu sem fundos.
Por fim, em 2024, a entrada do BTC e de outras criptomoedas no mercado tradicional na forma de ETFs à vista. Órgãos reguladores ao redor do mundo, principalmente o dos EUA, passaram a permitir a negociação desse ativo direto na bolsa de valores e também a criação de fundos de índices baseados nestes produtos.
💰 O Bitcoin é considerado um investimento de renda variável, suscetível a movimentos naturais de alta e baixa deste segmento. Diante disso, é importante considerar o perfil do investidor e avaliar se está aderente a potenciais quedas na cotação da criptomoeda.
Para apostar neste ativo, atualmente, há diversas opções, já que a negociação pode ser por diferentes canais, dos bancos tradicionais às fintechs. Ao comprá-lo, o investidor arca com a cotação do ativo e uma taxa pela custódia do produto, porcentagem que varia conforme a instituição.
Veja a seguir os valores para negociar Bitcoin, segundo dados publicados pelas respectivas instituições financeiras:
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