🚨 O mercado de fundos imobiliários viveu nesta semana um movimento duplo e curioso: enquanto o Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) anunciou um desdobramento na proporção de 1 para 10, o Tordesilhas EI (TORD11) comunicou um grupamento de 6 para 1.
As operações seguem direções opostas, mas ambas têm implicações diretas para os investidores — e objetivos distintos.
O RBVA11 informou aos cotistas, em fato relevante à CVM, que irá desdobrar suas cotas na proporção de 1 para 10.
Isso significa que quem tiver 1 cota na carteira em 8 de maio passará a ter 10 cotas a partir de 13 de maio, quando a operação será efetivada.
Com o desdobramento, o número de cotas do fundo passará de 15,6 milhões para 156,1 milhões. O preço por cota será ajustado proporcionalmente — sem alterar o patrimônio dos cotistas.
O desdobramento geralmente tem como objetivo aumentar a liquidez das cotas, tornando o ativo mais acessível para pequenos investidores.
Embora o RBVA11 não tenha declarado os motivos oficiais da decisão, o movimento ocorre após o fundo concluir um leilão de sobras da última emissão.
No pregão desta terça-feira (6), as cotas do RBVA11 recuavam 0,02%, cotadas a R$ 86,98, ainda com pouca volatilidade antes da efetivação do desdobramento.
Na outra ponta, o TORD11, que amargou uma desvalorização de mais de 29% em 2025, comunicou que realizará um grupamento de cotas na proporção de 6 para 1.
A operação foi motivada por uma exigência da B3 (B3SA3), que proíbe fundos de serem negociados persistentemente abaixo de R$ 1,00 por cota.
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Com isso, o número de cotas do FII será reduzido de 35 milhões para 5,8 milhões, com os preços reajustados para cima na mesma proporção. A data-base para a operação será 4 de junho.
As frações de cotas resultantes do grupamento serão reunidas e levadas a leilão, o que pode representar perda de valor para cotistas que não ajustarem suas posições antes da operação.
Nesta terça, TORD11 era negociado a R$ 0,62, em queda de 1,59%, refletindo a percepção negativa dos investidores com a performance recente do fundo.
No caso do RBVA11, o desdobramento tende a aumentar a liquidez das cotas e facilitar negociações em lotes menores — o que pode atrair novos investidores, principalmente pessoas físicas iniciantes.
Já no caso do TORD11, o grupamento é uma medida corretiva, forçada por exigência regulatória.
📊 Embora o valor patrimonial individual por cota não mude, a sinalização é negativa, pois indica dificuldades operacionais ou deterioração dos ativos do fundo.
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