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Nas últimas semanas, uma crise sem precedentes atingiu um dos principais mercados da economia brasileira. O segmento de bebidas destiladas foi golpeado pelos casos de contaminação com metanol, o que tem impactado o consumo desses produtos pela população.
O país, que é conhecido mundialmente pela caipirinha, tem diminuído o consumo de bebidas alcoólicas por causa dos riscos que elas representam neste momento. Só no estado de São Paulo, são 25 casos confirmados, além de seis mortes que estão sendo investigadas pelas autoridades.
Para César Rosa, CEO da Velho Barreiro, essa é a maior crise do setor de bebidas destiladas que o país já viu. Em entrevista ao Neofeed, o executivo destacou que, mesmo a cachaça estando fora das investigações, as empresas desse segmento se veem impactadas com a repercussão.
“Essa é a maior crise do setor de bebidas destiladas no Brasil. Está todo mundo no mesmo balaio. Não acho que seja um caso pontual. A situação passou a ficar muito mais séria nos últimos dias”, pontuou.
A Velho Barreiro é uma marca da Tatuzinho 3 Fazendas, que tem outras nove marcas pelo país, todas com algum teor alcoólico. No entanto, essa primeira se destaca entre as demais graças ao seu market share, que é de quase um terço de toda a cachaça vendida no país.
Para dar conta de todo esse movimento, a empresa trabalha com vasilhames recicláveis, que retornam às fábricas da empresa, passam por uma esterilização e depois voltam ao mercado com mais bebida. No entanto, desde que o primeiro caso de metanol foi descoberto, houve uma brusca redução no material.
Por isso, foi montada quase uma força-tarefa para aumentar a recuperação dessas garrafas, já que o prejuízo pode escalar caso continue nessa tendência. A companhia deve começar a buscar as garrafas nos pontos de venda nos próximos dias.
“Não queremos que o distribuidor corra o risco de ser acusado de estar vendendo vasilhames que possam ser adulterados”, afirma Rosa à reportagem. “Vamos buscar essas garrafas, que também são nossos ativos”, continua.
As investigações indicam que a contaminação por metanol se dá por meio de fábricas clandestinas de bebidas. Uma reportagem da TV Globo mostrou que agentes da Polícia Civil de São Paulo localizaram um espaço onde centenas de garrafas, galões e rótulos de bebidas falsificadas foram apreendidos.
“Eu acredito que esses casos estão ligados à falsificação amadora, a partir da mistura com o combustível direto do posto, que já tem o etanol. Mas é necessário que haja uma apuração mais consistente por parte das autoridades”, avalia o executivo da Velho Barreiro. “Temos visto muitas adegas e distribuidoras sendo rigorosamente fiscalizadas. E isso é importante, está correto. Mas precisa haver equilíbrio para separar as marcas de prestígio dos aventureiros que estão por aí”, completou.
Por ano, a Tatuzinho produz quase 90 milhões de litros de aguardente no Brasil, sendo que quase 90% desse total é da Velho Barreiro. A empresa tem planos de manter essa linha em 2025, mas não descarta eventuais revisões por causa da crise.
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