Bitcoin (BTC) subiu tanto quanto nos últimos halvings? Compare
A criptomoeda teve uma valorização de 110% nos 365 dias que antecederam o halving da última sexta-feira (19).
As criptomoedas são o ativo mais comentado pelos influenciadores digitais que falam de finanças no Brasil. O tema que mais gera engajamento nas redes sociais, no entanto, é a renda fixa. Pelo menos é o que indica um estudo da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
A Anbima analisou as publicações de 515 influenciadores de finanças ao longo do primeiro semestre de 2023, em parceria com o Ibpad (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados). Foram analisadas 313,9 mil publicações no Facebook, Instagram, X e YouTube, das quais 31% faziam menções a produtos financeiros.
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🤳 Os posts dos influencers sobre ativos do mercado financeiro, portanto, somaram 96,8 mil no primeiro semestre de 2023. O número é 25% maior que o registrado no segundo semestre de 2022. Segundo a Anbima, só sete dos 515 influenciadores monitorados não mencionaram produtos de investimento em suas postagens.
Vale lembrar que em novembro de 2023 a Anbima implementou regras para aumentar a transparência de posts patrocinados sobre investimentos. Desde então, os influenciadores precisam deixar claro quando uma publicação é propaganda, informando inclusive quem contratou o anúncio. O contratante, por sua vez, é responsável por garantir que o influencer tenha as certificações necessárias para analisar o produto financeiro anunciado.
Segundo o estudo da Anbima e do Ibpad, a renda variável foi o assunto de 93% das 96,8 mil publicações em que os influenciadores mencionaram produtos financeiros no primeiro semestre de 2023. E o ativo mais citado nesses posts foram as criptomoedas.
🪙 As criptos respondem por 26,1% das postagens, mas são seguidas de perto pelas outras moedas, como o dólar (25,9%). Os dividendos completam o pódio dos produtos mais falados pelos influencers, com 15% de menções.
Veja o ranking dos produtos mais mencionados pelos influenciadores de finanças no Brasil:
Gerente-executiva de Comunicação, Marketing e Relacionamento da Anbima, Amanda Brum disse que "polêmicas relacionadas a criptomoedas, envolvendo inclusive famosos, alavancaram a produção de conteúdo sobre o produto".
Ela também lembrou, contudo, que "o primeiro semestre de 2023 ficou marcado pelos casos Americanas (AMER3) e Light (LIGT3), que motivaram uma busca mais intensa por conteúdos que contemplassem opções para mitigar os riscos associados à renda variável e ao crédito privado".
Apesar do foco dos influenciadores nos ativos de renda variável, o que mais gerou engajamento nas redes sociais no primeiro semestre de 2023 foram os ativos de renda fixa, sobretudo os CDBs e os títulos do Tesouro Direto. A poupança completa o ranking.
👍 Segundo o estudo, os posts dos influenciadores tiveram um engajamento médio de 4,4 mil curtidas, comentários e compartilhamentos por publicação. O engajamento, no entanto, foi em média 118% maior nos posts sobre renda fixa. Os de criptomoedas, por sua vez, ficaram na oitava posição do ranking.
Veja a média de interações por post, de acordo com o tema:
"A Selic ainda na casa dos dois dígitos e os eventos relacionados aos papéis privados no primeiro semestre motivaram a busca por informações sobre investimentos que tragam retorno financeiro e sejam menos arriscados", comentou Amanda Brum.
A criptomoeda teve uma valorização de 110% nos 365 dias que antecederam o halving da última sexta-feira (19).
Analistas divergem sobre porcentagem de alta, mas cripto precisa pelo menos se manter no nível atual