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Cosan (CSAN3) reportou prejuízo líquido de R$ 1,18 bilhão no terceiro trimestre do ano (
3T25), revertendo o lucro de R$ 293 milhões apurado em igual período de 2024, conforme relatório de resultados publicado nesta sexta-feira (14).
Como uma das maiores holdings do Brasil, a Cosan investe nos mais variados tipos de negócios desde gás e energia, passando por ferrovias até chegar em açúcar e etanol. No passado, a empresa
já foi uma das maiores acionistas da mineradora Vale (VALE3), só que seu endividamento tem sido um voraz detrator de recursos.
Sua dívida líquida era de R$ 18,2 bilhões ao final de setembro de 2025, bem acima do saldo devedor de R$ 17,5 bilhões ao final de junho de 2025, refletindo os efeitos adversos da
taxa Selic vigente em 15% ao ano.
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CSAN3 apresentou no 3T25 uma equivalência patrimonial negativa de R$ 1,4 bilhão na comparação anual, dada a menor contribuição da sua joint-venture
Raízen (RAIZ4), considerando a redução dos volumes vendidos de etanol e açúcar, além do efeito dos ativos colocados à venda; bem como a saída da posição em
VALE3.
Pela sua atividade de holding em gerir participações em tantos negócios, as despesas gerais e administrativas foram de R$ 65 milhões no 3T25, alívio de R$ 49 milhões ante igual período de 2024.
Já o rendimento de aplicações financeiras totalizou R$ 127 milhões no 3T25, acréscimo de R$ 43 milhões em relação ao ano anterior, resultado do maior saldo de caixa e do cenário de juros mais elevado. O custo médio ponderado das dívidas da Cosan ficou em linha o segundo trimestre de 2025, encerrando em
CDI+ 0,89% ao ano ante o patamar de
CDI+ 0,88% ao ano.
Segundo dados do
Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em
CSAN3 há cinco anos, hoje você teria
R$ 345,23, já considerando o reinvestimento dos
dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado
R$ 1.485,20 nas mesmas condições.