Copom deve cortar Selic para 10,75% na Super-Quarta

No mesmo dia, o Fed deve manter a taxa de juros americana entre 5,25% e 5,5% ao ano.

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Publicado em 17/03/2024 às 15:29h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 17/03/2024 às 15:29h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
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O Copom (Comitê de Política Monetária) deve cortar a taxa Selic dos atuais 11,25% para 10,75% na próxima quarta-feira (20). No mesmo dia, o Fed (Federal Reserve) deve manter os juros americanos no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano.

🏦 O novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic e a manutenção dos juros americanos são consenso no mercado. Afinal, o Copom já indicou que deve manter o ritmo de corte da taxa básica de juros nesta reunião e a economia americana segue forte o bastante para que o Fed mantenha-se cauteloso na condução da política monetária.

O mercado, contudo, está de olho nos comunicados da Super-Quarta. Há dúvidas sobre se o Copom manterá a projeção de novos cortes de mesma magnitude na Selic. Já nos Estados Unidos, a expectativa é de que o Fed dê sinais mais claros sobre quando os juros americanos começarão a cair.

Copom

💲 Se o Copom seguir o esperado e cortar a Selic de 11,25% para 10,75%, este será o sexto corte consecutivo de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros da economia brasileira.

A Selic alcançou 13,75% em agosto de 2022, para tentar conter a onda inflacionária vista na saída da pandemia de covid-19. Mas vem caindo desde agosto de 2023 em meio à desaceleração da inflação.

Agora, a taxa deve chegar a 10,75%, o menor patamar em praticamente dois anos. A última vez que a Selic esteve neste nível foi entre fevereiro e março de 2022.

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A expectativa do mercado é de que os juros continuem caindo no Brasil, terminando o ano em 9%. Contudo, alguns analistas acreditam que o Copom pode fazer ajustes no seu guidance no comunicado desta semana.

Nas últimas vezes em que se encontrou, o Copom sinalizou novos cortes de 0,5 ponto percentual da Selic "nas próximas reuniões". O mercado pondera, contudo, se essa perspectiva será mantida. Afinal, a inflação tem surpreendido neste início de ano.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 0,42% em janeiro e 0,83% em fevereiro, acima do esperado. Com isso, já acumula uma alta de 1,25% em 2024. A meta de inflação deste ano é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Fed

Nos Estados Unidos, o Fed deve manter a sua taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,5%, o maior patamar desde 2001, pela quinta reunião consecutiva.

No fim de 2023, o mercado chegou a projetar que os juros americanos começariam a cair na reunião desta semana. Hoje, no entanto, a expectativa é de que os cortes só comecem em junho. Afinal, a atividade econômica e o mercado de trabalho americano seguem mostrando resiliência.

Além disso, o presidente do Fed, Jerome Powell, já disse que precisa de mais dados para ter certeza de que a inflação está caindo de forma consistente em direção à meta anual de 2% para poder começar a cortar os juros. A inflação americana subiu 0,4% em fevereiro e, com isso, acumula uma alta de 3,2% em 12 meses.

Ainda assim, o mercado estará atento ao comunicado do Fed e ao discurso de Powell, para entender o que o banco central americano enxerga pela frente e captar dicas sobre o rumo dos juros americanos.