Enxurrada de dividendos de ELET3 ajudam Ibovespa saltar quase 2%
Principal índice da bolsa brasileira sobe ancorado em bons resultados corporativos no 2T25.
🚨 Em um movimento estratégico de reestruturação e simplificação, a Copel (CPLE6) e a Eletrobras (ELET3) firmaram um acordo de troca de ativos, envolvendo suas subsidiárias Copel GeT e CGT Eletrosul.
O objetivo do swap é otimizar operações, gerar sinergias e fortalecer a posição estratégica de ambas as empresas no setor energético.
Conforme o comunicado oficial, a Eletrobras assumirá o controle total da usina hidrelétrica Colíder, localizada no Mato Grosso, com capacidade de 300 MW, além de receber um aporte de R$ 365 milhões no fechamento da transação.
Em contrapartida, a Copel obterá 100% de participação na usina hidrelétrica Mauá e na transmissora Mata de Santa Genebra, ativos anteriormente compartilhados com a Eletrobras.
A Copel destacou os ganhos financeiros imediatos, especialmente com a possibilidade de compensar prejuízos fiscais estimados em R$ 170 milhões, enquanto a Eletrobras prevê um acréscimo anual de R$ 235 milhões ao seu EBITDA a partir de 2025, além da ampliação de sua capacidade instalada em 122 MW.
Analistas de mercado têm visto o acordo de forma positiva para ambas as empresas.
Para a Eletrobras, o controle integral da usina Colíder, com grande parte de sua energia já contratada no mercado regulado, é um reforço à sua estratégia de geração com menor risco.
Além disso, a operação reduz sua dívida líquida e melhora a alocação de capital, em linha com as metas divulgadas recentemente pela administração.
Do lado da Copel, o aumento de controle sobre ativos-chave como a usina Mauá e a transmissora Mata de Santa Genebra oferece ganhos de eficiência operacional e redução de despesas administrativas.
A simplificação da estrutura societária também é vista como um movimento atrativo para investidores, permitindo maior clareza na avaliação da companhia consolidada.
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A Genial Investimentos classificou a operação como um evento estratégico relevante, ressaltando os ganhos sinérgicos para ambas as partes.
O BBI, por sua vez, destacou a valorização dos ativos da Copel, com um aumento do retorno real em mais de 3,5 pontos percentuais e um valor presente líquido (VPL) estimado em R$ 97 milhões.
Além disso, a redução de despesas administrativas na Mata de Santa Genebra em R$ 12 milhões anuais reforça a visão de uma gestão mais eficiente para a Copel.
Para o BBI, a simplificação da estrutura societária também contribui para uma tese de investimento mais sólida, com a Copel e a Eletrobras bem posicionadas para atrair maior atenção dos investidores em 2025.
O swap de ativos entre Copel e Eletrobras demonstra como empresas do setor energético estão adotando abordagens inovadoras para fortalecer suas operações e gerar valor aos acionistas.
Ao eliminar estruturas societárias complexas, ambas as companhias sinalizam ao mercado seu compromisso com eficiência, disciplina de alocação de capital e geração de resultados sustentáveis.
📊 Com essa operação, Copel e Eletrobras pavimentam o caminho para uma gestão mais simplificada e resultados financeiros robustos, consolidando suas posições no mercado de energia para os próximos anos.
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