Como o Bitcoin (BTC) pode bater os US$ 140 mil em 2025, segundo Ecoinometrics?

Gestora de dados criptos aponta que o desempenho da maior moeda virtual do mundo está abaixo da média pós-halving

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Publicado em 13/02/2025 às 16:04h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 13/02/2025 às 16:04h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões
Ecoinometrics espera que o preço do Bitcoin fique entre US$ 140 mil e US$ 4,5 milhões até o final de 2025 (Imagem: Shutterstock)

📊 O mercado de criptomoedas enfrenta uma correção negativa equivalente a US$ 100 bilhões desde o último dia 5 de fevereiro, com mais uma vez o Bitcoin (BTC) voltando a operar abaixo da barreira psicológica dos US$ 100 mil e testando níveis de suporte de preço perigosos.

Mas, e se o desempenho da maior moeda virtual do mundo acompanhasse a média de retorno pós-halving dos ciclos anteriores? Foi justamente essa resposta que a gestora de dados criptos Ecoinometrics procurou responder em relatório publicado neste mês.

Olhando para o comportamento histórico do Bitcoin, após 300 dias do evento halving, a criptomoeda já deveria estar no ciclo atual caminhando para encerrar o ano de 2025 com preço entre US$ 140 mil e US$ 4,5 milhões.

Segundo a Ecoinometrics, a maioria dos ganhos entregues pelo BTC ocorre no primeiro ano após o halving, sendo que o desempenho atual do ativo está conectado ao do segundo halving, que aconteceu em 2017.

🗓️ Em contrapartida, nesta quinta-feira (13), o Bitcoin registrava queda de −1,2% no acumulado das últimas 24 horas, tendo alcançado o seu preço mínimo diário de US$ 95,2 mil.

Para os analistas do BTG Pactual, o BTC está testando níveis preocupantes de suporte, já que a atenção dos investidores em torno do nível de US$ 95 mil, sugere a formação de um suporte significativo para os preços no curto prazo.

No caso, os especialistas Lucas Josa, João Galhardo, Lucas Osório e Matheus Parizotto, sinalizam no gráfico que o outro suporte de preço mais abaixo para o Bitcoin está na faixa do US$ 91,7 mil, que a criptomoeda chegou a testar nos últimos 30 dias.

"Para que o ativo continue sua trajetória ascendente, é fundamental monitorar a região dos US$ 99,3 mil, que tende a atuar como resistência", escreve o quarteto em relatório.

A eventual superação desse nível tende a impulsionar o Bitcoin para a região dos US$ 101,7 mil, que por sua vez se apresenta como principal obstáculo a ser superado para retomar um movimento em direção a sua máxima histórica.

➡️ Leia mais: Bitcoin: o que é e como funciona?

Halving do Bitcoin

No dia 19 de abril de 2024, os entusiastas de criptomoedas celebraram o quarto halving do Bitcoin (BTC), evento que corta pela metade a recompensa dada aos mineradores da moeda virtual.

Especificamente, o halving é um processo programado que reduz pela metade as recompensas de BTC geradas na blockchain aos mineradores a cada 210 mil blocos, aproximadamente a cada quatro anos. Esse evento, por sua vez, não altera o funcionamento da rede do Bitcoin.

Desde o primeiro halving em 2012, a recompensa inicial de 50 BTC por bloco minerado foi reduzida para 25 BTC; depois para 12,5 BTC em 2016; e para 6,25 BTC em 2020. No último halving em 2024, a recompensa passou a ser de 3,125 BTC por bloco.

💰 Para a Ecoinometrics, os retornos decrescentes do Bitcoin seriam um sinal de maturidade do ativo, já que recentemente o mercado testemunhou o embarque do presidente americano Donald Trump na defesa de um ambiente regulatório mais amigável às criptomoedas, além de sua família ter lançado suas próprias memecoins que rapidamente angariaram bilhões de dólares.

“Embora os ciclos anteriores tenham sido marcados por movimentos parabólicos e dramáticos nesse estágio, o ciclo atual registra uma ação de preço mais contida. Isso sugere um mercado em amadurecimento que está se tornando menos propenso à extrema volatilidade, um sinal positivo para a adoção de longo prazo”, destaca o relatório.

Conforme dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em BTC há um ano, hoje você teria R$ 2.607,60. A simulação também aponta que o IVVB11 (investimento negociado diretamente no Brasil que replica o desempenho do S&P 500) teria retornado R$ 1.412,00 nas mesmas condições.