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Desde o ano passado, os brasileiros que forem comprar produtos em sites estrangeiros devem pagar impostos de importação. Essa foi uma decisão do governo federal, pressionado pelas varejistas nacionais, para frear a chegada de produtos feitos na Ásia.
🛍️ Desde então, muita coisa mudou e muitos brasileiros deixaram de ter sites como Shein e Shopee como primeira opção de compra. Isso porque, na hora do pagamento, as vezes comprar aqui sai mais barato.
Esse efeito também foi imediato para as empresas que viram suas vendas despencarem no Brasil, uma das maiores operações dessas empresas. Segundo dados da Receita Federal, houve uma baixa de 11% no número de pedidos que entraram no Brasil entre 2023 e 2024.
Outro resultado da imposição das taxas de importação foi justamente no caixa das varejistas nacionais. Com os produtos estrangeiros custando menos, parte dos brasileiros voltou a comprar em lojas como Renner, Havan e Magazine Luiza, que eram as principais afetadas.
"Teve um efeito importante, sim, em termos de mudar a demanda, a forma como os consumidores passaram a lidar com esse tipo de compra", destacou Ruben Couto, analista-chefe de consumo e varejo do Santander, em entrevista a BBC News. "No terceiro trimestre de 2024, que é quando essa taxação dos 20% de fato começou, o mercado cresceu 6%, Riachuelo 11%, Renner 12% e C&A 19%", comenta.
No fim, para conter a fuga dos clientes, os sites asiáticos fizeram uma espécie de nacionalização. Assim, passaram a dar mais espaço para os produtos fabricados no Brasil, o que fortaleceu as pequenas e médias empresas.
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"Desde a introdução do Remessa Conforme, todas as plataformas começaram a se adaptar e repensar um pouco o modelo no Brasil", comenta Couto. "Acredito que elas sentem o efeito do aumento da taxação, mas todas já vinham readequando seu modelo de negócios para essa mudança", avalia.
Mas o governo federal também viu resultados da nova taxação, já que conseguiu arrecadar mais impostos. No ano passado, o Brasil registrou uma arrecadação recorde de R$ 2,8 trilhões.
A própria Receita Federal destacou que o resultado histórico está ligado aos recebimentos do Remessa Conforme. Neste fim de semana, aos 40 dias desde o início do ano, o Impostômetro deve romper a marca de R$ 500 milhões arrecadados, segundo a Associação Comercial de São Paulo.
“O país ainda está em uma condição bastante favorável à importação", afirmou Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV, à reportagem. "Com o ICMS passando a 20%, a carga tributária dos importados será de 50%. Se compararmos com a carga tributária interna, que é perto de 90%, ainda tem muito caminho pela frente”, concluiu.
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