Com vigor da soja, SLC Agrícola (SLCE3) lucra R$ 510,7 milhões no 1T25, alta de 123%

Pioneira no setor agrícola a ter ações negociadas na bolsa brasileira aproveita recuperação da produtividade na safra 2024/25

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Publicado em 14/05/2025 às 21:00h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 14/05/2025 às 21:00h Atualizado 3 minutos atrás por Lucas Simões
SLC Agrícola aumentou a área plantada de soja nesta safra (Imagem: Divulgação)

🚜 A SLC Agrícola (SLCE3) registrou lucro líquido de R$ 510,7 milhões no primeiro trimestre do ano (1T25), crescimento de 123,1% na comparação com o mesmo período em 2024, conforme relatório de resultados divulgado nesta terça-feira (13). A margem líquida subiu de 11,7% para 21,9%.

No caso, a produtora de grãos e algodão atribui boa parte da melhora em sua lucratividade ao destaque da soja, e devido ao aumento da área plantada e recuperação de produtividade na safra 2024/25 frente à 2023/24, que foi impactada por intempéries climáticas.

Já o ebitda ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de R$ 943,7 milhões no 1T25, alta de 34% ante igual intervalo no ano passado, com a margem ebitda avançando de 36% para 40,5%.

A receita líquida da SLC Agrícola totalizou R$ 2,3 bilhões no 1T25, salto de 19,1% na comparação anual, em momento marcado pelo encerramento do plantio das culturas de segunda safra, milho e algodão e pela fase final da colheita de soja.

Em relação à safra 2023/24, a empresa elevou em 10% a área plantada, o que reflete a ampliação da parceria com o Grupo Soares Penido, nova joint venture criada com a Agropecuária Rica e o novo contrato de arrendamento celebrado no Piauí.

"Na safra 2024/25 tivemos excesso de chuva em janeiro no Mato Grosso, o que prejudicou um pouco a evolução da colheita da soja. Apesar disso, a safra de soja atingiu bom desempenho, alcançando 3.958 quilos por hectare, cerca de 0,5% inferior ao orçado, além de 21,3% superior à safra anterior e 12% acima da média nacional", destaca a mensagem da administração, no relatório de resultados.

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Como é investir em SLC Agrícola (SLCE3)?

Os investimentos realizados somaram R$ 1,03 bilhão no 1T25, sendo majoritariamente alocados pela SLC Agrícola na aquisição de terras, que representaram 81% do capex. Adicionalmente, 12% foram destinados à aquisição de máquinas e equipamentos, e 7% restantes, a outros bens.

🌱 No trimestre, a empresa também anunciou a compra da Sierentz Agro Brasil Ltda., operação 100% em áreas arrendadas, adicionando em torno de 100 mil hectares de área plantada (primeira e segunda safra) para a safra 2025/26.

Além disso, houve a aquisição de terras da Agrícola Xingú, quase 40 mil hectares físicos na Bahia e cerca de 7,8 mil hectares físicos em Minas Gerais. Também ocorreu a compra da participação de 47,8% do capital da SLC-MIT Empreendimentos Agrícolas S.A.

Dessa maneira, a geração de caixa no 1T25 teve saldo negativo de R$ 1,4 bilhão, principalmente devido ao pagamento de R$ 636,5 milhões relacionados à aquisição de terras, fora a compra dos insumos da safra e da última parcela de aquisição da participação minoritária na SLC LandCo.

📊 Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em SLCE3 há dez anos, hoje você teria R$ 8.819,30, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 2.465,90 nas mesmas condições.