Com prejuízo de R$ 1,8 bilhão, exchange de criptomoedas anuncia falência

Ativos serão migrados para empresa do grupo SBI

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Publicado em 04/12/2024 às 12:50h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 04/12/2024 às 12:50h Atualizado 9 horas atrás por Wesley Santana
(Imagem: Shutterstuck)

A exchange japonesa DMM Bitcoin anunciou o encerramento de suas operações até o fim do primeiro trimestre de 2025. A empresa acumula prejuízos que passam de R$ 1,8 bilhão, conforme comunicado divulgado nas últimas semanas.

👮‍♂️ A corretora foi vítima de um ataque cibernético que roubou 4,5 mil unidades de Bitcoin, equivalentes a US$ 305 milhões na época. A empresa informou que os ativos de seus clientes serão transferidos para a SBI VC Trade, subsidiária da SBI Holdings.

“Este contrato é uma transferência da conta do cliente, ativos depositados e direitos relacionados etc., e não inclui a transferência de sistemas ou pessoal organizacional. No futuro, as duas empresas continuarão as discussões para a conclusão deste acordo sobre a transferência de contas e ativos sob gestão”, diz nota.

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O caso da DDM reflete a dificuldade que empresas de tecnologia financeira enfrentam nos últimos com o aprimoramento das técnicas criminosas para o roubo de recursos. São vários os casos de bancos e corretoras que tiveram prejuízos importantes depois de serem alvos de ataques hackers.

Neste caso específico, quando detectou a invasão, a empresa teve de interromper todas as atividades, mas até hoje não conseguiu reaver os prejuízos. O Japão tem sido alvo constante de grupos, tendo, inclusive, a agência espacial sido uma vítima recente deste tipo de ação.

Mais proteção

🔒 A busca por tecnologias que sejam mais eficazes neste setor se torna cada vez mais importando, pois a adoção de criptomoedas pela população deve se intensificar nos próximos anos. Um levantamento feito pelo Mercado Bitcoin mostra que, até 2030, pelo menos 50% dos brasileiros vão ter algum criptoativo na carteira.

Segundo o levantamento, o movimento será impulsionado pelo Drex, que é a criptomoeda oficial do Banco Central do Brasil. Hoje em décimo lugar na lista global de adoção, o país latino pode galgar novas posições ainda nesta década, prevê a exchange.

“Estamos vivendo uma mudança significativa na forma como os brasileiros lidam com o dinheiro e fazem investimentos. Esse crescimento acelerado é uma resposta à busca por alternativas financeiras mais flexíveis e acessíveis, especialmente entre os mais jovens", disse Reinaldo Rabelo, CEO do MB.