💲 O investidor e educador pernambucano Inácio de Barros Melo Neto, que detém 12,5% das ações ordinárias da Americanas (AMER3), está considerando aumentar sua participação na empresa, embora não tenha intenção de se tornar seu controlador.
Em entrevista concedida à Reuters na última segunda-feira (15), Melo Neto revelou sua confiança no futuro da companhia.
"Acredito que a empresa tem potencial para se recuperar. Se o preço das ações cair, posso aumentar minha posição," afirmou Melo Neto por telefone.
Seu nome ganhou destaque após a Americanas anunciar, na noite de sexta-feira (12), que ele passou a deter 113 milhões de ações da varejista, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Residente em Recife, Melo Neto, de 44 anos, é empresário no setor educacional e dirige a Faculdade de Medicina de Olinda, fundada por sua família.
Ele começou a investir na bolsa de valores em 2020 e atualmente concentra seu portfólio exclusivamente em ações da Americanas, apostando na recuperação da varejista, que entrou em recuperação judicial em 2023 após a descoberta de uma fraude contábil bilionária.
Melo Neto estima ter investido mais de R$ 50 milhões na compra de ações da companhia nos últimos 18 meses.
Sem experiência prévia no mercado de ações, ele relatou que tem se dedicado a estudar o setor de renda variável e confia na capacidade financeira dos principais acionistas da Americanas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
📈 No início deste mês, a Americanas divulgou que esses três acionistas e seus afiliados passariam a deter 49,2% das ações da empresa após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, o trio detinha 30,12% das ações.
"Meu objetivo é vender as ações no futuro e lucrar, mas não tenho pressa," disse Melo Neto, que mencionou não conhecer pessoalmente nenhum dos três acionistas de referência da companhia, embora ele e Lemann sejam investidores no setor educacional.
Melo Neto revelou que adquiriu ações da Americanas quando elas estavam valendo cerca de R$ 0,40. Na segunda-feira, as ações da companhia fecharam cotadas a R$ 0,62.
A lista foi elaborada por meio de requerimentos dos credores e apresenta valores estimados.
A reunião está marcada para o dia 10 de maio de 2024.
