Com visita de Lula, JBS (JBSS3) anuncia investimento de R$ 150 mi em fábrica
Os recursos permitirão a abertura de um novo turno de trabalho, dobrando a capacidade de abate da planta.
💲 A recente escalada do dólar frente ao real está promovendo mudanças significativas no mercado financeiro, especialmente para empresas brasileiras que possuem uma grande fatia de suas receitas atreladas à moeda norte-americana.
Entre os destaques está a JBS (JBSS3), uma das maiores processadoras de proteína animal do mundo, que se beneficia diretamente desse movimento.
Em relatório recente, o Itaú BBA elevou a projeção de preço-alvo para as ações da companhia, indicando um potencial de valorização de 31% até o final de 2025.
De acordo com o Itaú BBA, o novo preço-alvo para os papéis da JBS foi ajustado de R$ 46 para R$ 51, representando uma significativa valorização frente ao preço atual.
A recomendação de compra ("outperform") foi mantida, sustentada por uma combinação de fatores estratégicos e operacionais que colocam a empresa em posição vantajosa no cenário atual.
Dois pilares sustentam a nova projeção do Itaú BBA para a JBS: o impacto da desvalorização cambial e as melhorias contínuas nas margens operacionais, especialmente no segmento de frango.
Com uma receita amplamente dolarizada, a JBS aproveita a alta do dólar para fortalecer seu caixa e sua competitividade global.
A operação de frango nos Estados Unidos, um dos mercados mais relevantes para a companhia, está mostrando sinais de recuperação robusta.
A combinação de uma oferta limitada no mercado norte-americano e custos menores de insumos, como milho e soja, contribui para margens saudáveis no segmento.
Apesar da possibilidade de ajustes marginais até 2025, a diversificação da empresa em diferentes mercados e proteínas deve compensar qualquer variação, assegurando um fluxo de caixa consistente.
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Outro ponto que reforça o otimismo do Itaú BBA é a projeção para o Ebitda da JBS em 2025.
Os analistas estimam um desempenho 7,5% superior à média do mercado, demonstrando confiança em uma gestão eficaz e em um modelo de negócios resiliente.
Além disso, o banco projeta um rendimento de 15% no fluxo de caixa livre da empresa, posicionando a JBS como uma das companhias mais atrativas do setor em termos de retorno para os acionistas.
Essa performance é atribuída à estratégia de diversificação, que permite à empresa manter resultados consistentes mesmo em períodos de desafios setoriais.
Um dos grandes diferenciais da JBS é sua estratégia de diversificação, que abrange tanto geografias quanto tipos de proteína.
Essa abordagem tem permitido à empresa mitigar riscos específicos de mercado e capitalizar sobre oportunidades regionais.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os investimentos em operações de frango têm gerado resultados expressivos, enquanto no Brasil, a eficiência na gestão de custos de insumos agrícolas tem ampliado margens.
A diversificação também proporciona resiliência frente a desafios em segmentos específicos.
Enquanto o mercado de carne bovina nos EUA enfrenta margens pressionadas, os resultados em outros setores compensam, garantindo estabilidade no fluxo de receitas.
Outro aspecto que destaca a JBS no radar dos investidores é sua posição como um hedge natural contra a volatilidade cambial.
Com a maior parte de sua receita atrelada ao dólar, a empresa oferece uma proteção significativa para aqueles que buscam mitigar os efeitos da desvalorização do real.
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De acordo com o relatório do Itaú BBA, essa característica torna a JBS uma escolha estratégica, especialmente em um cenário onde muitas empresas brasileiras enfrentam dificuldades devido ao impacto cambial adverso.
Combinando uma valorização atrativa, uma sólida geração de caixa e um modelo de negócios resiliente, a JBS desponta como uma das principais escolhas no mercado financeiro para 2025.
O cenário cambial favorável, aliado à eficiência operacional e à diversificação geográfica, reforça a atratividade da empresa para investidores que buscam tanto retornos consistentes quanto proteção contra a volatilidade econômica.
Os recursos permitirão a abertura de um novo turno de trabalho, dobrando a capacidade de abate da planta.
A empresa americana reforçou que o investimento não altera a composição ou controle da JBS.