Acionistas da Cielo (CIEL3) rejeitam nova avaliação de ações para OPA
A determinação dos acionistas da Cielo de não exigir o segundo laudo foi divulgada em comunicado oficial pela companhia.
Quase 81,2 milhões de ações da Cielo (CIEL3) seguem em circulação no mercado, mesmo depois da OPA (Oferta Pública de Ações) realizada em 14 de agosto. Por isso, a companhia convocou uma assembleia de acionistas para decidir sobre o resgate compulsório desses papeis.
🗓️ A assembleia foi convocada nesta sexta-feira (30) e está marcada para o dia 23 de setembro. Até lá, os detentores desses papeis ainda podem vendê-los espontaneamente à Cielo, por meio de pedido apresentado ao Bradesco (BBDC4), um dos controladores e o escriturador das ações da companhia.
A ideia da Cielo é resgatar esses papeis pelo preço praticado na OPA (R$ 5,82 por ação), ajustado pela taxa Selic desde a data de liquidação da oferta (16 de agosto) até o dia de pagamento do resgate.
No edital de convocação da assembleia, a companhia argumenta que o registro "simplificará o quadro acionário da companhia e permitirá a redução de custos com o registro e transferência de ações".
💲 Além disso, a Cielo lembra que suas ações já não são mais negociadas na bolsa. E diz que, por isso, "o resgate representará para os acionistas remanescentes um evento de liquidez em que lhes é assegurado que recebam um preço justo em contrapartida ao cancelamento das ações de sua titularidade".
O resgate compulsório é possível porque restam em circulação no mercado ações representativas de menos de 5% do capital social da companhia.
O percentual foi atingido na esteira da OPA realizada em 14 de agosto. Controladores da Cielo, os bancos Bradesco e Banco do Brasil (BBAS3) compraram cerca de 736,8 milhões de ações da companhia na ocasião e seguiram comprando papeis nos dias seguintes à oferta. Por isso, atingiram uma participação de 95,1% na empresa em 16 de agosto.
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Com isso, Bradesco e Banco do Brasil ainda avançaram com o plano de fechar o capital da Cielo. A conversão do registro da companhia foi aprovada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última segunda-feira (26). Por isso, desde então, as ações da Cielo deixaram de ser negociadas na bolsa.
De acordo com os bancos, o objetivo da operação é simplificar a estrutura corporativa e organizacional da Cielo e, assim, ter "maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas atividades no Brasil". A medida ocorre em meio ao aumento da concorrência no segmento de maquininhas de cartão, que tem feito a Cielo perder participação de mercado.
A determinação dos acionistas da Cielo de não exigir o segundo laudo foi divulgada em comunicado oficial pela companhia.
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