Cielo (CIEL3) convoca assembleia sobre resgate compulsório de ações

Companhia mira cerca de 81,2 milhões de ações que seguem em circulação depois da OPA.

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Publicado em 30/08/2024 às 15:19h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 30/08/2024 às 15:19h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Ações da Cielo já não são mais negociadas na bolsa (Imagem: Shutterstock)

Quase 81,2 milhões de ações da Cielo (CIEL3) seguem em circulação no mercado, mesmo depois da OPA (Oferta Pública de Ações) realizada em 14 de agosto. Por isso, a companhia convocou uma assembleia de acionistas para decidir sobre o resgate compulsório desses papeis.

🗓️ A assembleia foi convocada nesta sexta-feira (30) e está marcada para o dia 23 de setembro. Até lá, os detentores desses papeis ainda podem vendê-los espontaneamente à Cielo, por meio de pedido apresentado ao Bradesco (BBDC4), um dos controladores e o escriturador das ações da companhia.

A ideia da Cielo é resgatar esses papeis pelo preço praticado na OPA (R$ 5,82 por ação), ajustado pela taxa Selic desde a data de liquidação da oferta (16 de agosto) até o dia de pagamento do resgate.

No edital de convocação da assembleia, a companhia argumenta que o registro "simplificará o quadro acionário da companhia e permitirá a redução de custos com o registro e transferência de ações".

💲 Além disso, a Cielo lembra que suas ações já não são mais negociadas na bolsa. E diz que, por isso, "o resgate representará para os acionistas remanescentes um evento de liquidez em que lhes é assegurado que recebam um preço justo em contrapartida ao cancelamento das ações de sua titularidade".

OPA

O resgate compulsório é possível porque restam em circulação no mercado ações representativas de menos de 5% do capital social da companhia.

O percentual foi atingido na esteira da OPA realizada em 14 de agosto. Controladores da Cielo, os bancos Bradesco e Banco do Brasil (BBAS3) compraram cerca de 736,8 milhões de ações da companhia na ocasião e seguiram comprando papeis nos dias seguintes à oferta. Por isso, atingiram uma participação de 95,1% na empresa em 16 de agosto.

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Com isso, Bradesco e Banco do Brasil ainda avançaram com o plano de fechar o capital da Cielo. A conversão do registro da companhia foi aprovada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última segunda-feira (26). Por isso, desde então, as ações da Cielo deixaram de ser negociadas na bolsa.

De acordo com os bancos, o objetivo da operação é simplificar a estrutura corporativa e organizacional da Cielo e, assim, ter "maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas atividades no Brasil". A medida ocorre em meio ao aumento da concorrência no segmento de maquininhas de cartão, que tem feito a Cielo perder participação de mercado.