CEO da Vale (VALE3) diz que China não pode controlar preço do minério de ferro

Fala do executivo Eduardo Bartolomeo foi dita em entrevista à "Bloomberg"

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Publicado em 05/12/2023 às 16:25h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 05/12/2023 às 16:25h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
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O CEO da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo, afirmou que, mesmo que a China seja o maior importador mundial de minério de ferro, o governo do país não deve ter o poder de ditar os preços do insumo siderúrgico. 

A fala foi dita em entrevista à "Bloomberg", nesta terça-feira (5). 

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Nas últimas semanas, a China intensificou a supervisão sobre as negociações do minério de ferro. A fim de evitar especulação, o país pediu para que as empresas que comercializam as commodities não "exagerassem no aumento de preços".

Mesmo assim, segundo Bartolomeo, a Vale confia que os preços seguirão definidos pelo equilíbrio entre oferta e a demanda. 

🗣️ "A regra da economia irá guiar o preço, a regra significa oferta e demanda", disse o executivo da Vale.

"Eles não podem impor algo", complementou Bartolomeo.

Nas últimas seis semanas, o preço do minério de ferro subiu 16%. O metal tem sido negociado por cerca de US$ 129 a tonelada e tem se mantido acima do patamar-chave de US$ 100 a tonelada, em 2023.

Vale atualiza estimativas sobre minério de ferro para os próximos anos

A Vale atualizou, nesta terça (5), suas estimativas sobre a produção de minério de ferro para os próximos anos. A companhia espera por algo entre 310 milhões a 320 milhões de toneladas produzidas para 2024.   

Já para 2026, a Vale estima uma  produção de minério de ferro entre 340 milhões e 360 milhões de toneladas. 

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Para este ano, a projeção ficou em  315 milhões de toneladas, o que está dentro do intervalo já previsto, que era de 310 milhões a 320 milhões.