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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), enviou um ofício à Cemig (CMIG3) e à Copasa (CSMG3) nesta quinta-feira (23) para esclarecer a polêmica sobre a possível federalização das empresas. Segundo ele, a proposta será objetivo de uma "análise minuciosa". Por isso, ainda não há decisão sobre o assunto.
"As alternativas apresentadas ainda serão objeto de análise minuciosa tanto pelos técnicos do Governo Federal quanto do Governo Estadual, razão pela qual ainda não houve qualquer manifestação ou aceite do Governo do Estado sobre o ponto que abarca a eventual federalização das estatais estaduais com ações listadas na Bolsa de Valores", afirmou Zema, em ofício.
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Zema foi a Brasília na quarta-feira (22) em busca de uma solução para a dívida de aproximadamente R$ 161 bilhões de Minas Gerais. Ele conversou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que desenhou uma proposta alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal do Ministério da Fazenda e prevê, entre outras coisas, que o Estado possa abater a sua dívida por meio do repasse de ativos estatais para a União.
Na saída da reunião com Pacheco, Zema disse ter aprovado a ideia. A possibilidade de federalização derrubou as ações das estatais mineiras que são listadas na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). As ações ordinárias da Copasa caíram 2,83% e as da Cemig recuaram 5,82% na quarta-feira (22). Já os papeis preferenciais da elétrica despencaram 9,71%.
Diante da repercussão negativa da proposta na Bolsa, Zema moderou o tom e afirmou, ainda em Brasília, que não havia nada definido. Nesta quinta-feira (23), ele reforçou a mensagem em ofício enviado às empresas. Tanto a Cemig, quanto à Copasa comunicaram ao mercado o teor do ofício na noite desta quinta-feira (23).
Apesar da mudança de discurso, as ações das companhias mineiras continuaram sob pressão na Bolsa de Valores nesta quinta-feira (23). As ações preferenciais da Cemig caíram mais 3,17%, já as ações ordinárias da companhia ficaram na estabilidade e os papeis ordinários da Copasa recuaram 0,77%.
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