A Cemig (CMIG4) vendeu quatro usinas hidrelétricas para a Âmbar Energia, empresa de geração e comercialização de energia do grupo J&F, que também é dono de empresas como JBS (JBSS3), PicPay e Banco Original.
💲 Os ativos foram leiloados nesta quinta-feira (5) na B3, por R$ 52 milhões. O valor é 78,8% maior do que o lance mínimo de R$ 29,1 milhões estabelecido pela Cemig.
O negócio envolve as Usinas Hidrelétricas Martins, Sinceridade e Marmelos e a Pequena Central Hidrelétrica Machado Mineiro, que somam uma capacidade total de geração de 14,8 MW.
De acordo com a Cemig, o desinvestimento está alinhado ao seu planejamento estratégico, "que preconiza uma otimização do portfólio e uma melhor alocação de capital".
💡 O presidente da elétrica, Reynaldo Passanezi Filho, indicou que a ideia é focar nos negócios em que a Cemig é melhor capaz de gerir, que são a distribuição, a transmissão e a geração centralizada de alta capacidade.
Além disso, os recursos obtidos na venda serão usados para financiar o programa de investimento da companhia, que prevê a aplicação de R$ 49 bilhões entre 2019 e 2028, para uma melhor qualidade na prestação de serviços.
🧾 A Cemig já havia tentado vender essas usinas no primeiro semestre deste ano, mas não recebeu propostas pela usina e acabou suspendendo o primeiro leilão. Em setembro, no entanto, disse que reavaliou o projeto e republicou o edital, que desta vez foi bem sucedido.
Em nota, o presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta, disse que a empresa está ampliando o seu portfólio de acordo com a estratégia de diversificação crescente das fontes de geração de energia.
Com a aquisição dessas usinas, a Âmbar passa a ter 43 unidades de geração de energia, com capacidade total de 4,1 gigawatts, entre termelétricas movidas a gás natural e carvão e usinas de fontes renováveis como hidrelétricas, solares, biomassa e biogás.
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A Cemig também anunciou nesta quinta-feira (5) a liquidação dos títulos de dívida emitidos no mercado externo (“Eurobonds”) entre 2017 e 2018.
De acordo com a companhia, o efeito líquido no caixa será de R$ 1,866 bilhão, considerando o pagamento de R$ 2,309 bilhões (US$ 381 milhões à taxa de câmbio de R$ 6,0585), menos o efeito do Hedge de R$ 443 milhões.
"Esta liquidação reforça o compromisso da Companhia com a gestão financeira responsável e com o cumprimento de suas obrigações com seus credores, contribuindo para a manutenção de sua solidez financeira e credibilidade no mercado", afirmou.
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O governo de Romeu Zema também mostrou-se confiante no projeto de privatização da elétrica.
