Acionistas da Cemig (CMIG4) dividirão JCP de R$ 560,1 milhões; saiba como ter direito
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A Cemig (CMIG4) terá resultados recordes neste ano. Foi o que disse o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que tem tentado avançar com a proposta de privatização da Cemig e da Copasa (CSMG3).
💰Zema disse a jornalistas nesta sexta-feira (13) que o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, lhe adiantou que a companhia vai bater recorde de lucro, Ebitda, investimentos, redução em acidentes do trabalho e qualidade de energia fornecida em 2024.
Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro da Cemig somou R$ 6,1 bilhões. O resultado é 57% maior do que o registrado no mesmo período de 2023. Só no terceiro trimestre, o resultado saltou 165%, para R$ 3,2 bilhões. A cifra, no entanto, foi impulsionada pela venda de ativos e ganhos com revisão tarifária.
Já os investimentos somaram R$ 4 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o equivalente a 65% dos R$ 6,2 bilhões planejados para 2024.
Para os próximos cinco anos, o objetivo da Cemig é investir R$ 39,2 bilhões. O plano de investimentos para o período 2025-2029 foi apresentado nessa quinta-feira (12) e está dividido entre os seguintes setores:
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Além de antecipar um lucro recorde, Zema defendeu nesta sexta-feira (13) o projeto de privatização da Cemig.
O governo de Minas Gerais apresentou em novembro um projeto de lei propondo a transformação da elétrica em uma corporação, ou seja, uma empresa listada em bolsa de valores sem um controlador definido. Neste caso, o Estado deixaria de ser o controlador para ser o acionista de referência da Cemig. O modelo é o mesmo implementado na privatização da Eletrobras (ELET3).
"Nós queremos vender a empresa? Não precisa vender a empresa. Se o estado parar de mandar lá eu já fico satisfeito. Porque as barbaridades do passado vão parar de ser cometidas", afirmou Zema, conforme relatado pela mídia local.
💡 Zema disse ainda que essa mudança traria melhorias para a governança e para o valuation da Cemig. Além disso, não descartou a futura federalização da empresa, como uma forma de abater a dívida de Minas Gerais com a União.
"Se amanhã o governo federal falar que tem interesse neste ativo, o governo do estado transfere os ativos para o governo federal", disse.
O projeto de privatização da Cemig, no entanto, ainda não avançou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além disso, também depende de um referendo popular ou da aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) propondo o fim da necessidade desse referendo. Por isso, é vista com ceticismo no mercado.
O secretário de Governo de Minas, Gustavo Valadares, admitiu que há certa "descrença" com a privatização da Cemig e da Copasa, mas mostrou-se confiante no andamento dos projetos.
"Nós queremos buscar audiências públicas para discutir o tema. Não vamos nos furtar a discutir a condição das duas empresas e vamos demonstrar aos deputados e para a população de Minas que não há mais espaço para gestão do estado nessas duas empresas", afirmou Valadares.
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