🚨 O caso do Banco Master, que já sacudiu o mercado financeiro com revelações de fraudes bilionárias, agora provoca uma nova onda de pedidos de investigação na esfera política.
O documento, anexado ao processo sob sigilo, é uma reação direta às críticas de "precipitação" levantadas pelo ministro Jhonatan de Jesus.
A discussão ganhou fôlego após o ministro do TCU classificar a liquidação, ocorrida em novembro, como uma "medida extrema".
No entanto, o Banco Central mantém sua postura técnica, alegando que a gravidade das fraudes encontradas não permitia outro caminho senão a interrupção imediata das atividades da instituição controlada por Daniel Vorcaro.
Fraudes de R$ 12 bilhões e o esquema das carteiras fictícias
O cerne da defesa do Banco Central reside na robustez das evidências colhidas em conjunto com a Polícia Federal.
As investigações apontam um rombo de aproximadamente R$ 12,2 bilhões, sustentado por um esquema de compra de carteiras de crédito inexistentes da empresa Tirreno. Segundo o BC, o Banco Master utilizava esses ativos "podres" para simular uma solidez financeira que não possuía.
O objetivo da manobra era gerar uma falsa sensação de liquidez para que o banco conseguisse honrar o pagamento de
Certificados de Depósito Bancário (CDBs) que estavam vencendo. Sem essa artimanha, a instituição não teria recursos próprios para cumprir suas obrigações com os investidores.
Para os técnicos da autarquia, permitir que uma operação dessa magnitude continuasse aberta, sob a promessa de uma venda futura, colocaria em risco a credibilidade de todo o Sistema Financeiro Nacional.
O conflito com as propostas de aquisição
Um dos pontos de maior atrito entre o TCU e o BC é a existência de propostas de compra que estavam na mesa meses antes da quebra. O ministro Jhonatan de Jesus destacou que o Grupo Fictor teria apresentado uma oferta de R$ 3 bilhões para assumir o controle do Master.
Na visão do ministro, o Banco Central teria demorado a analisar essa reorganização societária, preferindo o caminho da liquidação.
Entretanto, fontes internas do Banco Central indicam que a autarquia recebeu os questionamentos com tranquilidade. A avaliação técnica é de que o rito legal foi seguido à risca, sem "queimar etapas".
A análise do BC sugere que nenhuma proposta de mercado seria capaz de cobrir o buraco bilionário deixado pelas fraudes sem exigir sacrifícios ainda maiores do sistema ou dos depositantes.
Impactos políticos
O embate não se restringe aos tribunais de contas. No cenário político, o caso ganhou contornos dramáticos com novos pedidos de investigação contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Parlamentares questionam supostas ligações do ministro ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, para tratar de interesses do banco, citando um contrato milionário do escritório de advocacia da esposa do magistrado com a instituição financeira.
Enquanto o TCU analisa se deve travar ações futuras sobre os ativos do Master, o Banco Central reforça que sua atuação foi estritamente regulatória e focada na proteção do investidor.
💰 Para o pequeno investidor, o desenrolar desse caso é vital, pois define não apenas o destino dos recursos do FGC, mas também o rigor com que as fraudes bancárias serão tratadas no Brasil a partir de 2026.