Casas Bahia (BHIA3) cai mais de 3% na B3 após 3T24; vale investir agora?

Analistas do BTG Pactual fazem varredura nos resultados da varejista e revelam o que fazer com as ações do Grupo Casas Bahia

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Publicado em 14/11/2024 às 15:18h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 14/11/2024 às 15:18h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões
Operacional da varejista foi fraco no terceiro trimestre do ano (Imagem: Shutterstock)

📉 As ações do Grupo Casas Bahia (BHIA3) chegaram a derrapar mais de 3% nesta quinta-feira (14), negociadas ao redor de R$ 3,94 cada, após a varejista apresentar mais um trimestre com resultados operacionais fracos. No acumulado do ano, os papéis da empresa já perderam 64,5% em valor de mercado.

Embora os analistas do BTG Pactual ainda reconheçam que o processo de reestruturação do Grupo Casas Bahia continuou no terceiro trimestre do ano (3T24), sua recomendação permanece em cima do muro (neutra), estipulando preço justo de R$ 9, que representa um potencial de valorização de 128%.

"Como esperado, a tendência de enfraquecimento da receita líquida continuou no terceiro trimestre e, apesar das melhores margens, a lucratividade permanece sob pressão, reforçando a perspectiva desafiadora do curto prazo", pontuam os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Pedro Lima e Luis Mollo, em relatório.

O Grupo Casas Bahia reportou prejuízo líquido de R$ 369 milhões no 3T24, menor que o saldo negativo de R$ 836 milhões obtido um ano antes. Mesmo que tenha ficado no vermelho, o banco projetava que a varejista teria prejuízo de R$ 468 milhões no período.

Enquanto isso, o ebitda ajustado (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) caiu 3,5% na comparação anual, para R$ 491 milhões no 3T24 (11% acima da expectativa dos analistas), com margem de 7,7%, contra apenas taxa de 1% no mesmo período de 2023.

Por sua vez, a varejista encerrou o trimestre com R$ 2,1 bilhões em caixa, montante de R$ 3,1 bilhões em dívida líquida, além de saldo negativo de R$ 179 milhões em fluxo de caixa, descontados investimentos e empréstimos.

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BHIA3 vencerá a concorrência no varejo?

Segundo o BTG Pactual, um dos principais desafios que trava o desempenho do Grupo Casas Bahia na bolsa brasileira é o seu cenário ainda bastante competitivo no varejo.

Além de travar uma batalha diária com rivais nacionais como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), esta última que atravessa um processo de recuperação judicial, os acionistas de BHIA3 também lidam com concorrência pesada estrangeira de gigantes como Amazon (AMZO34), Mercado Livre (MELI34) e Shopee.

Em agosto do ano passado, o Grupo Casas Bahia revelou um plano de reestruturação para lidar com as pressões de margem e melhorar o fluxo de caixa, que incluía a redução do tamanho das operações e o foco em categorias mais lucrativas.

💸 Nesse meio tempo, a BHIA3 levantou R$ 602 milhões via uma oferta subsequente de ações (follow-on) em setembro de 2023, para reforçar sua estrutura de capital e anunciou uma recuperação extrajudicial para reprogramar sua dívida em abril deste ano.

"Apesar dessas medidas, continuamos com uma recomendação neutra devido à perspectiva de concorrência acirrada, forte exposição a eletrônicos e eletrodomésticos, altos custos de financiamento e desafios na monetização de créditos fiscais", reitera o quarteto de analistas do banco.